O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in (E), e o representante dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, em encontro em Seul, 16 de dezembro de 2019
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in (E), e o representante dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, em encontro em Seul, 16 de dezembro de 2019| Foto: YONHAP / AFP

O enviado dos Estados Unidos à Coreia do Norte considerou, nesta segunda-feira, 16, as exigências de Pyongyang "hostis" e "desnecessárias", à medida que o ultimato norte-coreano se aproxima. Ele também pediu aos norte-coreanos que retomem sua oferta de negociações, ressaltando que Washington está disposta a discutir "todas as questões de interesse".

As negociações entre os dois países estão paradas desde o fracasso da cúpula de Hanói em fevereiro. Os EUA exigem que a Coreia do Norte renuncie a todo o seu arsenal atômico, enquanto Pyongyang quer que pelo menos parte das sanções internacionais contra o país seja suspensa rapidamente.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte fez uma série de declarações veementes e "já ouvimos todas elas", disse o enviado Stephen Biegun a repórteres em Seul. "É lamentável que o tom dessas declarações contra os EUA, Coreia do Sul, Japão e nossos amigos na Europa sejam tão hostis, negativas e desnecessárias", afirmou ele.

"Os EUA não precisam de um ultimato, temos um objetivo", acrescentou o enviado americano, referindo-se ao ultimato que Pyongyang estabeleceu para Washington até o final do ano. A Coreia do Norte afirmou recentemente que, se Washington não fizesse uma oferta aceitável, adotaria uma "nova abordagem", sem dar mais detalhes.