O presidente francês, Emmanuel Macron.
O presidente francês, Emmanuel Macron.| Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas da França neste sábado para protestar contra as medidas de Emmanuel Macron que visam pressionar os não vacinados contra a Covid-19, especialmente estimuladas pelo discurso do presidente francês contra os contrários à imunização.

Os atos foram convocados em dezenas de cidades do país deram lugar a alguns tumultos, como em uma das manifestações em Paris e em Montpellier, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para restabelecer a ordem. O Ministério do Interior comunicou 34 prisões em todo o país e uma dúzia de policiais ficaram levemente feridos.

Na última terça-feira, em entrevista ao jornal "Le Parisien", Macron se voltou contra os contrários à vacinação, a quem qualificou de irresponsáveis e disse que pretendia "irritá-los". O governo francês enviou um projeto de lei à Assembleia Nacional para exigir a apresentação de um certificado de vacinação para muitos dos atos comuns da vida social na França, para os quais já é exigido um certificado sanitário desde julho.

Isso significa que não será suficiente ter um teste negativo recente, mas que terá apresentar um esquema de vacinação completo, por exemplo, para tomar uma bebida em um bar ou restaurante, ir ao cinema, um show ou um estádio, ou viajar em um transporte público de longa distância, como ônibus, trem, avião ou navio. Na quinta-feira, o projeto foi aprovado em sua primeira leitura na Assembleia Nacional e agora começa a tramitação no plenário do Senado a partir da próxima terça.