Um manifestante joga tijolos na polícia depois do disparo de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em 5 de agosto de 2019, em Hong Kong
Um manifestante joga tijolos na polícia depois do disparo de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em 5 de agosto de 2019, em Hong Kong| Foto: ISAAC LAWRENCE/AFP

Protestos e uma greve geral contra a influência da China em Hong Kong pararam a cidade semi-autônoma nesta segunda-feira (5). Motoristas de ônibus, servidores públicos, trabalhadores da aviação, da construção civil, da propaganda, do mercado financeiro e até trabalhadores da Disneyland em Hong Kong atenderam ao chamado de uma greve em toda a cidade, a qual forçou o fechamento de milhares de empresas, paralisou o sistema de metrô e causou cancelamentos de mais de 150 voos. Esta é a primeira greve geral em Hong Kong desde a década de 1960.

Além da paralisação, protestos ocorreram durante o todo o dia nos sete distritos de Hong Kong, com registros de confrontos com policiais em pelo menos cinco locais diferentes. Em um comunicado, a força policial de Hong Kong condenou os manifestantes por "bloquearem extensivamente as estradas e atearem fogo a objetos diversos". Também há relatos de brigas entre manifestantes e moradores armados com paus em uma área residencial, segundo a CNN.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, acusou os manifestantes de colocarem a região em uma "situação muito perigosa". "Estão perturbando seriamente a lei e a ordem de Hong Kong, empurrando nossa cidade à beira de uma situação muito perigosa", disse ela nesta segunda-feira. Na semana passada, o exército da China ameaçou manifestantes de Hong Kong em um vídeo de propaganda.