O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.| Foto: AFP

Material encontrado recentemente pela Inteligência da Colômbia reforça a relação estreita entre a ditadura de Nicolás Maduro e o grupo terrorista colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN). As autoridades da Colômbia descobriram três vídeos em que Álvaro Díaz Tarazona, conhecido pelo nome de guerra “Edward”, jura lealdade ao ditador da Venezuela. Edward é um dos membros mais antigos e poderosos da Frente de Guerra Oriental, do ELN. O material foi divulgado primeiramente pelo jornal colombiano El Tiempo. Confira abaixo.

“Camarada, comandante e chefe Nicolás Maduro, conte com o Exército de Libertação Nacional (ELN) até a morte. Somos leais à Venezuela e queremos que vocês confiem em nossas tropas, na força militar que possuímos e saibam que somos um dos [grupos] que defendem a pátria de Simón Bolívar (...). Estamos dispostos a dar a vida pela pátria de Bolívar”, diz o terrorista em uma das gravações. Em outro vídeo, “Edward” alerta Maduro sobre uma possível traição nas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb), consideradas o pilar do ditador venezuelano.

“Edward” afirma nas gravações que fala em nome de “Lenin Torres”, codinome do chefe da Frente de Guerra Oriental e encarregado das finanças da organização. A Inteligência colombiana também teve acesso a uma carta enviada por “Lenin” a Maduro. Na mensagem, na qual consta a data de 15 de março de 2019, “Lenin” diz a Maduro que “o momento atual demanda a busca por mecanismos que possibilitem o enfrentamento ao inimigo dos povos que lutam por liberdade e autodeterminação. Estamos prontos para dialogar e avançar em várias questões, camarada”.