Pela primeira vez desde o início da pandemia, hospital de referência em Guayaquil não tem pacientes com Covid-19. A cidade foi epicentro da pandemia no Equador
Pela primeira vez desde o início da pandemia, hospital de referência em Guayaquil não tem pacientes com Covid-19. A cidade foi epicentro da pandemia no Equador| Foto: Reprodução / Ministério da Saúde do Equador

Pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, o Hospital Guasmo Sur, em Guayaquil, o primeiro a ser estabelecido como hospital sentinela do Equador, não registrou pacientes com a doença, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades locais. "Após 18 meses de luta constante, pela primeira vez não houve pacientes com Covid-19. Os resultados do Plano de Vacinação 9/100 são evidentes", escreveu no Twitter a ministra de Saúde Pública, Ximena Garzón.

Esta quarta-feira é um dia sem precedentes desde que a primeira infecção foi relatada na cidade equatoriana, em 29 de fevereiro de 2020, já que nenhum paciente com Covid-19 foi registrado nas salas de emergência ou na área de hospitalização do centro médico de referência em Guayaquil. Um vídeo do Ministério da Saúde mostra os três últimos pacientes com infecção pelo coronavírus que tiveram alta do Guasmo Sur saindo do hospital.

Na segunda cidade mais populosa do país, com mais de 2,7 milhões de habitantes, os novos casos ficaram abaixo de 1 por 10 mil habitantes nas últimas duas semanas. Relatórios epidemiológicos emitidos pelas autoridades sanitárias nesta semana indicaram que mais de 70% dos habitantes de Guayaquil haviam recebido a primeira dose da vacina contra a Covid, e mais de 35% tomaram as duas - um total de mais de 500 mil pessoas. A província está sob um estado de emergência decretado em 29 de julho por um total de 30 dias, o que inclui restrições de mobilidade devido à detecção de variantes delta e delta plus em várias partes do país.

Entre março e abril de 2020, a capital da província de Guayas passou a ser chamada de 'Wuhan do Equador', respondendo por mais de 60% de todos os casos de infecção na nação andina, que ultrapassou 25.000 até o final de abril.

Mas enquanto as autoridades estimaram na época que houve menos de 1 mil mortes na província, não incluindo os casos prováveis, o Registro Civil mostrou indicadores alarmantes. As mortes em excesso entre março e abril excederam 9 mil, o que explicou em grande parte as imagens chocantes que rodaram o mundo dos caixões nas ruas e cadáveres amontoados nos necrotérios.