Irã: imagens de satélite mostram cemitério expandindo após surto de coronavírus
| Foto: Reprodução/Maxar Technologies

No Irã, um dos maiores focos do novo coronavírus (Covid-19) fora da China, evidências de atividades incomuns foram registrada em um cemitério perto de onde começaram os casos da doença. As informações foram divulgadas pelo Washington Post.

No complexo de Behesht-e Masoumeh, em Qom, a cerca de 130 quilômetros ao sul de Teerã, a escavação de uma nova seção do cemitério começou em 21 de fevereiro. Imagens de satélite mostram que a área se expandiu rapidamente à medida que o vírus se espalhou.

No final de fevereiro, duas grandes trincheiras, com um comprimento total de 100 metros, eram visíveis no local a partir de imagens de satélites. Autoridades de saúde iranianas confirmaram nas últimas semanas o uso de cal ao enterrar vítimas de coronavírus.

De acordo com análises de especialistas e declarações oficiais, os túmulos foram cavados para acomodar o crescente número de vítimas de coronavírus em Qom. Na região, mais de 846 pessoas contraíram o vírus, segundo autoridades do governo.

O governo iraniano, no entanto, não divulgou nenhum número oficial de mortos para Qom, onde vivem cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Já o Ministério da Saúde do Irã informa que 429 pessoas morreram do vírus, e outras 10 mil foram infectadas. Entre os mortos estão membros do parlamento, um ex-diplomata e um conselheiro sênior do líder supremo.