O enviado especial dos Estados Unidos, John Kerry, disse que Joe Biden e Xi Jinping farão em breve uma cúpula virtual sobre o assunto
John Kerry destacou que, na COP26, o equivalente a 65% do Produto Interno Bruto (PIB) global se comprometeu com “planos reais” para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.| Foto: EFE/EPA/ROBERT PERRY

John Kerry, enviado do governo dos Estados Unidos para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), disse no sábado (14) que o acordo final da cúpula aproxima o mundo de evitar o caos e garante "um ar limpo, uma água mais saudável e um planeta mais sadio".

Em entrevista coletiva concedida pouco depois do fim de tensas negociações, o senador americano garantiu que a conclusão "não é um exagero" e que o pacto alcançado na última hora, apesar de divergências entre os 197 países que participaram da COP26, aprofunda os compromissos assinados no Acordo de Paris, em 2015. "Paris construiu o estádio, e Glasgow começa a corrida. E, nesta noite, foi dado o tiro de largada", garantiu Kerry.

O americano destacou que, na COP26, o equivalente a 65% do Produto Interno Bruto (PIB) global se comprometeu com "planos reais" para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e limitar a 1,5 grau o aquecimento global até o fim do século, na comparação com o período pré-industrial. Kerry ainda exaltou que, pela primeira vez, tenha se incluído em um acordo climático uma "referência ao carbono", no artigo 36, que pede para que seja acelerada sua "redução progressiva", depois que a Índia introduziu uma inesperada mudança que substituiu a palavra "eliminação" por "redução".

"Deve-se reduzir o carbono, antes de eliminar o carbono", afirmou o enviado dos EUA, que garantiu o país comprometido com a luta contra a mudança climática, após o que classificou de "ausência" do antigo governo americano, sob a liderança de Donald Trump.