O magnata russo do petróleo e proprietário do Chelsea FC, Roman Abramovich, dia 2 de maio de 2018, ao chegar no tribunal de Sarine, em Friburgo (Suíça)
O magnata russo do petróleo e proprietário do Chelsea FC, Roman Abramovich, dia 2 de maio de 2018, ao chegar no tribunal de Sarine, em Friburgo (Suíça)| Foto: EFE/Anthony Anex

O oligarca russo Roman Abramovich, dono do clube inglês de futebol Chelsea, e dois negociadores de paz ucranianos tiveram sintomas de um possível envenenamento após uma reunião em Kiev no início de março. A informação foi publicada no jornal americano The Wall Street Journal e no site de jornalismo investigativo holandês Belling Cat, sediado na Holanda.

Segundo as fontes, Abramovich e os negociadores apresentaram olhos vermelhos, lacrimejamento constante e doloroso, além de descamação da pele do rosto e das mãos, mas já estariam fora de perigo. O grupo de especialistas que está investigando o incidente informou que é difícil concluir se os sintomas foram causados por um agente químico, biológico ou um ataque com radiação eletromagnética.

Abramovich está entre os bilionários russos que sofreram sanções dentro do pacote de punições do Ocidente ao presidente russo, Vladimir Putin. O oligarca participou das primeiras negociações de paz, passando por Moscou, na Rússia, Lviv, no oeste da Ucrânia, entre outras cidades da região.

Segundo o The Wall Street Journal, uma das suspeitas de fontes envolvidas é que o envenenamento possa estar ligado a uma frente "linha-dura" de Moscou, que tenta sabotar as negociações. A investigação sobre o caso está sendo liderada por Christo Grozev, que já investigou sobre o envenenamento do líder opositor russo, Alexey Navalny, em 2020.