Porão de uma maternidade em Kiev, no início de março: 80 mil mulheres devem dar à luz na Ucrânia nos próximos três meses
Porão de uma maternidade em Kiev, no início de março: 80 mil mulheres devem dar à luz na Ucrânia nos próximos três meses| Foto: EFE/EPA/ROMAN PILIPEY

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado neste domingo (13), mostra pelo menos 30 ataques à rede de saúde da Ucrânia, desde a invasão russa, matando 12 pessoas e ferindo 34. O órgão classificou as ações como violação do direito internacional, uma vez que as Convenções de Genebra protegem a neutralidade dos profissionais de saúde e das infraestruturas durante um conflito armado.

De acordo com o levantamento, os ataques da Rússia afetaram pelo menos 23 unidades de saúde, cinco veículos, como ambulâncias, nove profissionais de saúde e cinco pacientes. A OMS acrescenta que 34 hospitais sofreram danos desde o início da ofensiva russa e alerta que cerca de 316 unidades de saúde, incluindo 159 hospitais, estão perto da linha de frente do conflito ou em locais onde o controle passou para os invasores.

A guerra também aumentou a o risco de transmissão de doenças infecciosas como Covid-19, sarampo, poliomielite ou tuberculose, além de problemas mentais e psicossociais derivados do estresse. A organização pediu, ainda, atenção especial às 80 mil mulheres que estima que darão à luz na Ucrânia nos próximos três meses.

A OMS destinou US$ 5,2 milhões de seu fundo de emergência para financiar operações de ajuda na Ucrânia. No entanto, calcula que irá necessitar de mais US$ 45 milhões nos próximos três meses para o país (dos quais recebeu apenas 7%), além de outros US$ 12,5 milhões para ajudar as populações refugiadas nos países vizinhos.

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