Voluntários que participaram da primeira etapa do estudo, e que receberam as duas doses da Coronavac, podem fazer parte da segunda
Segundo a OMS, vacinas como a Coronavac, baseadas em vírus inativados, necessitam ser administradas em três doses,| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pelos laboratórios chineses Sinovac (Coronavac) e Sinopharm, baseadas em vírus inativados, precisam ser administradas em três doses, informaram nesta segunda-feira (11) especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que analisaram o programa de vacinação global.

"Todas as evidências indicam que é necessária uma terceira dose dessas mesmas vacinas ou de suas similares", comentou em entrevista coletiva o mexicano Alejandro Cravioto, presidente do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas da OMS, ao se referir às vacinas chinesas.

A recomendação da OMS pode afetar não só as campanhas de vacinação na China, onde a maioria das 2,2 bilhões de doses administradas são desses laboratórios, mas também de países da América Latina, Ásia, África e Leste Europeu que importaram e usaram esses imunizantes, como o Brasil.

Cravioto afirmou ainda que essas terceiras doses deverão ser destinadas primeiro às pessoas com mais de 60 anos, grupo de idade que apresentou mais problemas de resposta ao coronavírus ao se vacinar com as fórmulas da Sinovac e Sinopharm.

O especialista também abriu a porta para que as pessoas que receberam as vacinas de Sinovac e Sinopharm possam receber uma dose de reforço de alguma outra vacina aprovada pela OMS, como as de Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca.