Helicóptero tenta combater incêndio na província de Málaga, na Espanha.
Helicóptero tenta combater incêndio na província de Málaga, na Espanha.| Foto: Alvaro Cabrera/EFE

A Espanha tenta combater os diversos focos de incêndio que já atingiram milhares de hectares de áreas florestais e agrícolas do país. Os incêndios são reflexo da forte onda de calor, com temperaturas acima de 40 graus e que já provocou 300 mortes.

Uma das regiões mais atingidas é a província de Málaga, onde quase 3 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas devido aos incêndios. Outra das regiões mais afetadas é Castela e Leão, no centro-norte, onde cerca de 12 incêndios ameaçam cidades e povoados, exigindo a intervenção de tropas de outras regiões e do Estado, como a Unidade Militar de Emergências. Já na Galícia, pelo menos 4.300 hectares de terra queimaram em 13 incêndios, e três deles colocaram várias cidades em risco.

O calor extremo causou pelo menos 360 mortes na Espanha desde o domingo passado, segundo números oficiais. Neste sábado (16), estão previstas máximas de até 44 graus devido a uma massa de ar "muito seca" que chega do Saara, segundo a Agência Estatal de Meteorologia, que advertiu que as temperaturas continuarão a subir. A máxima histórica na Espanha é de 47,6 graus registrados no município andaluz de La Rambla em agosto do ano passado. Cinco regiões estão em alerta vermelho e outras sete estão sob alerta de temperatura extrema.

Em outros países europeus a preocupação com a onda de calor também é grande. Além da Espanha, Portugal, Grécia e França registraram vários focos de incêndio. Na região da Gironda, na França, ao menos 11 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, outras 4 mil foram evacuadas em Cazoux, distrito de Bordeaux.

No Reino Unido, o alerta para as altas temperaturas, que devem ultrapassar os 40 graus, levou as autoridades a anunciarem situação de emergência. Segundo o serviço de meteorologia local, as maiores temperaturas devem ser registradas na próxima segunda e terça-feira, nas regiões centrais do Reino Unido, incluindo Londres, Manchester e York.

A orientação é que a população aumente a ingestão de água e mude a rotina diária para evitar a exposição ao sol nos períodos mais quentes do dia. Desde sexta-feira (15), registra-se um demanda maior por serviços de ambulância e atendimento hospitalar por conta do grande número de pessoas que têm passado mal devido ao calor.