O ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro.| Foto: Rayner Peña R./EFE

A ONG Fundaredes exigiu neste domingo a libertação de seu diretor, Javier Tarazona, e dos ativistas Rafael Tarazona e Omar García, no 80º dia de sua prisão sob a acusação de terrorismo, incitação ao ódio e "traição".

"Hoje, 19 de setembro, se passaram 80 dias desde a detenção arbitrária de Javier Tarazona, Rafael Tarazona e Omar García por membros do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional)", escreveu a Fundarades em sua conta no Twitter.

Por esta razão, a ONG exigiu "sua libertação imediata" e afirmou que "defender os direitos humanos não é crime".

A organização acompanhou a mensagem com uma imagem dos irmãos Tarazona e García, além da hashtag "#LiberenActivistasDeFundaRedes".

Antes de sua prisão, Tarazona e seus dois companheiros apresentaram diversas denúncias ao Ministério Público para investigar a relação do Estado com integrantes de grupos guerrilheiros, como as extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), algo que o Ministério Público descreveu como "difamações".

Tarazona foi quem relatou, na ausência de dados oficiais, sobre o conflito iniciado em março entre as Forças Armadas e um grupo de dissidentes das FARC no estado de Apure (fronteira com a Colômbia) e que durou cerca de dois meses com saldo indeterminado de mortos.

À frente da Fundaredes, o ativista tornou-se uma das poucas fontes de informação sobre o que acontecia na região, dado o silêncio do governo.

No último dia 2, o diretor encarregado da ONG no estado fronteiriço de Tachira, Mackler García, explicou que haviam apresentado um pedido de medida humanitária a favor dos ativistas devido à sua "delicada situação de saúde". EFE