hong kong democracia
Cartaz pede liberdade aos ativistas pró-democracia acusados de subversão em Hong Kong| Foto: Peter PARKS/AFP

A polícia de Hong Kong prendeu neste domingo (28) 47 ativistas pró-democracia acusados de conspirar para subverter o poder estatal na cidade – uma violação descrita na nova lei de segurança nacional de Hong Kong. Em janeiro, estes líderes da oposição já haviam sido detidos brevemente, depois que as forças de segurança da ilha relacionaram a realização de uma eleição primária de partidos pró-democracia no ano passado a uma tentativa de golpe para derrubar o governo.

As primárias não são oficiais, mas já haviam ocorrido em anos eleitorais anteriores. Em julho de 2020, antes de as eleições parlamentares de setembro daquele ano serem adiadas para setembro de 2021, os políticos pró-democracia conseguiram mobilizar mais de 600 mil pessoas em sua primária (13% do eleitorado), um número sem precedentes que mostrou a força popular do grupo – e preocupou líderes em Pequim. O objetivo da oposição era conquistar maioria no legislativo de Hong Kong, mas autoridades pró-Pequim consideraram esse esforço como uma forma de paralisar o governo da cidade. Na época, o governo chinês já havia declarado que os opositores estariam violando a lei de segurança nacional, aprovada apenas duas semanas antes da primária da oposição.

Centenas de apoiadores do movimento pró-democracia se reuniram nesta segunda-feira (1º) em frente ao tribunal onde ocorreu a primeira audiência dos 47 ativistas acusados de subversão. O protesto foi pacífico, mas a polícia levantou cartazes informando que eles poderiam estar participando de uma manifestação ilegal e que os cantos entoados poderiam ser considerados violações à lei de segurança nacional.