O papa Francisco recita a oração do Angelus, no Vaticano, 26 de setembro
O papa Francisco recita a oração do Angelus, no Vaticano, 26 de setembro| Foto: EFE/EPA/VATICAN MEDIA

O papa Francisco condenou nesta segunda-feira o que classificou como "eutanásia encoberta" de idosos, a quem garantiu serem dados medicamentos insuficientes pelo custo alto, e pediu o fim da prática e também dos abortos. "Somos vítimas da cultura do descarte", garantiu o líder da Igreja Católica, durante sessão plenária da Pontifícia Academia para a Vida.

"Há o descarte de crianças que não queremos receber, com esta lei do aborto, [...] que as mata diretamente. E hoje isto se tornou uma forma normal, uma prática muito feia e que é, realmente, assassinato", completou. Francisco lamentou que crianças, assim como os idosos, sejam tratados como "materiais descartáveis", porque não são considerados necessários, ao tempo em que estes últimos são "sabedoria, são as raízes da sabedoria da nossa civilização".

O líder religioso pediu, em seguida, que acadêmicos, universidades e hospitais católicos não sigam o que chamou de "caminho do desperdício".

O papa, além disso, ressaltou a importância de lutar contra a pandemia da Covid-19 em continentes em que as necessidades são mais urgentes, onde, por exemplo, há falta de vacinas, assim como de água potável e alimentos. Por fim, Francisco defendeu que "exista um serviço de saúde gratuito", que este seja mantido nos países que já contam com um, para que não apenas os que podem pagar contem com tratamento médico.