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Manifestantes tentam se proteger do gás lacrimogêneo disparado pela polícia em frente à delegacia do Brooklyn Center durante um protesto depois que um policial atirou e matou um homem negro no Brooklyn Center, Minnesota em 12 de abril de 2021| Foto: Kerem Yucel/AFP

A cidade de Brooklyn Center, no subúrbio de Minneapolis, estado do Minnesota, registrou segunda noite de caos, com manifestações violentas, após a morte Daunte Wright, negro de 20 anos, durante uma abordagem policial de trânsito. Apesar do toque de recolher a partir das 19h local, centenas saíram às ruas da cidade para protestar. A polícia prendeu 40 pessoas após confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes. Durante a confusão, saqueadores invadiram vários comércios e um pequeno shopping perto do departamento de polícia de Brookyn Center, região onde os protestos estavam concentrados. Em Minneapolis, cidade vizinha onde também foi decretado toque de recolher, 13 pessoas foram presas e cinco lojas foram assaltadas.

Um policial atirou contra Wright neste domingo (11), durante uma abordagem de trânsito, depois que o jovem tentou voltar para dentro de seu carro no momento em que era algemado. De acordo com a polícia, o oficial que disparou em Wright, identificado como Kim Potter, confundiu a arma de fogo com a pistola de choque (taser) durante a ação. Um vídeo gravado por uma câmera acoplada ao traje de um agente mostra que após atirar em Wright, Potter disse "Meu Deus, eu acabei de atirar nele".  "Foi um tiro acidental que resultou na trágica morte", disse o comandante da Delegacia de Brooklyn Center, Tim Gannon.

A tensão social em Minnesota é agravada pelo julgamento do ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd em maio do ano passado, em Minneapolis.