O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu disse que “Os terroristas devem ser pegos e não deixados vivos” após suposto ataque| Foto: EFE/ABIR SULTAN

Duas mulheres israelenses foram supostamente mortas por palestinos e uma terceira ficou gravemente ferida nesta sexta-feira (07) em um ataque com arma de fogo na Cisjordânia, segundo fontes israelenses.

Um porta-voz do serviço de emergências Magen David Adom (MDA) disse que o ataque está sendo investigado como "terrorista". A ação teria ocorrido em uma estrada perto da cidade de Hamra, na Cisjordânia.

As duas israelenses, supostamente mortas por palestinos, eram irmãs na faixa dos 20 anos, e a ferida é a mãe delas, de 45 anos. A família mora no assentamento Efrat, perto de Jerusalém.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recebeu "informações detalhadas" sobre o que aconteceu e marcou uma reunião para avaliar a situação com seus conselheiros de segurança.

"Um terrível ataque terrorista ocorreu hoje no Vale do Jordão. Pessoas sem coração e desprezíveis assassinaram jovens mulheres em seu caminho para celebrar o feriado (de Pessach, a Páscoa judaica). Nosso único inimigo é o terror que levanta a cabeça. Os terroristas devem ser pegos e não deixados vivos", disse em comunicado Shlomo Neman, presidente do Conselho Yesha, a organização que aglutina todos os assentamentos na Cisjordânia.

Soldados israelenses estabeleceram bloqueios em estradas da região como parte da busca pelos assassinos, que fugiram, de acordo com um porta-voz militar.

A ação coincide com uma escalada de tensão entre israelenses e palestinos, que começou na quarta-feira com confrontos entre policiais e fiéis muçulmanos na mesquita Al Aqsa, em Jerusalém, e continuou com trocas de disparos com milícias palestinas na Faixa de Gaza e no sul do Líbano.

Nenhum grupo palestino reivindicou a responsabilidade pelo ataque às três mulheres israelenses, mas, em comunicado, o movimento islâmico Hamas o encarou como "uma resposta natural aos crimes da ocupação em Al Aqsa e à agressão bárbara contra o Líbano e a inabalável Gaza".

Desde quarta-feira, mais de 60 projéteis foram disparados em território israelense a partir de Gaza e 36 do Líbano, e Israel bombardeou alvos do movimento islâmico palestino Hamas tanto na Faixa de Gaza como em território libanês.