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Líder russo Vladimir Putin olha para a presidente Dilma Rousseff durante encontro dos Brics, em Fortaleza | Paulo Whitaker/Reuters
Líder russo Vladimir Putin olha para a presidente Dilma Rousseff durante encontro dos Brics, em Fortaleza| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

O texto divulgado pelos líderes dos Brics no segundo dia da 6.ª Cúpula do bloco, em Fortaleza (CE), expressou "profunda preocupação" com a situação na Ucrânia, mas, previsivelmente, se absteve de mencionar as ações da Rússia que provocaram a escalada do conflito e culminaram na anexação, por Moscou, da península da Crimeia.

"Expressamos nossa profunda preocupação com a situação na Ucrânia. Clamamos por um diálogo amplo, pelo declínio das tensões no conflito e pela moderação de todos os atores envolvidos, com vistas a encontrar uma solução pacífica, em plena conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os direitos humanos e liberdades fundamentais universalmente reconhecidos", afirmam os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na Declaração de Fortaleza.

No texto, os países ainda condenaram as "sanções econômicas em violação ao Direito Internacional", em alusão às punições econômicas impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia à Rússia, após a anexação – que também consideram ilegal.

A Rússia pressionou para que o problema recebesse uma menção mais forte, sem sucesso. O documento afirma ainda que os Brics reiteram "nossa visão de que não há solução militar para o conflito e destacamos a necessidade de evitar a sua maior militarização".

A presidente Dilma Rous­­seff elogiou a atuação da Rús­­sia no conflito sírio, após participar de uma reunião bilateral com o colega russo, Vladimir Putin. E Putin, em seu discurso para os Brics, afirmou que Rússia e China evitaram uma intervenção estrangeira na Síria.

Nos últimos dias, se intensificaram os combates entre as tropas ucranianas e as milícias separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, onde as forças governamentais tentam fechar o cerco em torno das cidades de Lugansk e Donetsk, as principais fortificações dos separatistas.

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