• Carregando...

Brasília – O impasse entre Brasil e Bolívia não pára com a assinatura do novo contrato para a exploração de gás e petróleo. As negociações continuam, agora envolvendo dois pontos fundamentais: o preço do gás e a indenização à qual a Petrobrás tem direito, por causa da transferência de duas refinarias de petróleo para a estatal boliviana YPFB.

A dúvida sobre como ficará o preço do gás exportado para o Brasil é o que mais interessa, pois é a principal fonte de energia das indústrias paulistas. Uma elevação dos custos seria repassada para os consumidores. O prazo para a negociação do preço termina dia 10. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, diz que pode haver prorrogação se não houver entendimento. O governo brasileiro já deixou claro que não pretende ceder.

O contrato de fornecimento de gás prevê reajustes trimestrais com base na cotação de uma cesta de óleos. Os técnicos consideram que o preço pago pelo gás boliviano é o mesmo praticado, a curto prazo, no mercado internacional. Outro ponto complicado diz respeito às duas refinarias da Petrobrás. A estatal brasileira afirma que a perda do controle terá de ser compensada. O governo boliviano diz que os lucros obtidos pela Petrobrás com o refino já cobrem a transação. "O importante é que as portas não foram fechadas e o diálogo está aberto" disse Rondeau. Por ora, o ministro está satisfeito com o combinado. O presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, também defendeu o acordo, ontem, dizendo que ele prevê "co-participação na produção" e não a simples prestação de serviços da estatal brasileira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]