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Um britânico detido em meio a um alerta maciço de segurança nos EUA dois anos atrás confessou em um tribunal de Londres, na quinta-feira, ter conspirado para explodir bombas em alvos financeiros dos Estados Unidos e realizar ataques com "bombas sujas" na Grã-Bretanha.

O islâmico convertido Dhiren Barot admitiu ter conspirado para explodir a sede da Bolsa de Valores de Nova York, do Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o Citigroup e a Prudential, em Washington, Nova Jersey e Nova York.

— As explosões nesses locais visavam claramente matar o maior número possível de pessoas — disse o advogado de acusação Edmund Lawson.

Em meio a segurança intensa na Corte Woolwich da Coroa, na zona sul de Londres, Barot se confessou culpado de conspiração para cometer homicídio, e os promotores apresentarem detalhes de sua confissão. Barot, parecendo tranquilo e digitando num laptop, falou apenas para afirmar sua culpa.

Além da conspiração nos EUA, ele planejava atingir alvos britânicos numa conspiração conhecida como "Projeto Limusines a Gás", que "envolvia estacionar três limusines carregadas de cilindros de gás com explosivos e detoná-las em estacionamentos subterrâneos", disse Lawson.

E Barot admitiu outro plano para detonar na Grã-Bretanha pelo menos uma "bomba suja" contaminada com material radiológico. A promotoria disse que Barot afirmou que a bomba suja visava não matar, mas "causar ferimentos, medo, terror e caos".

Sob as leis rígidas que regem a mídia britânica, o juiz ordenou que não fossem divulgados outros detalhes da conspiração, para evitar criar idéias preconcebidas que possam prejudicar os julgamentos de outros réus futuros.

Os planos não parecem ter alcançado um estágio adiantado. A promotoria disse ter aceito a declaração de Barot de que não haviam sido providenciados financiamento, veículos ou equipamento para a fabricação de bombas.

— Estamos satisfeitos em confirmar isso porque é uma afirmação verdadeira dos fatos — disse Lawson.

Barot foi preso pela polícia britânica em agosto de 2004, após um alerta maciço de segurança nos EUA.

Leia mais: O Globo Online

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