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A Argentina voltou nesta segunda-feira (25) a acusar o Reino Unido de levar material nuclear às ilhas Malvinas, território disputado pelos dois países. Se confirmada a suspeita, Londres estaria sujeita a sanções por violar tratados que proíbem o uso de armas nucleares.

O representante argentino na Conferência de Desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas), Eduardo Zuain, disse que os britânicos enviam as armas nucleares em submarinos. O sul-americano acusou o Reino Unido de quebrar com o tratado de Tlateloco, que proíbe bombas atômicas na América Latina.

Apesar das acusações, ele não deu provas da entrada dos armamentos no arquipélago. Buenos Aires reclama contra a entrada de militares nas ilhas desde o fim da Guerra das Malvinas, em 1982. No início dos anos 2000, os argentinos começaram a suspeitar da entrada de equipamentos nucleares.

Em 2003, o Reino Unido confirmou a informação, mas negou em outros momentos em que foi acusado. Os britânicos não comentaram sobre as acusações de Zuain, que também fez uma nova reclamação contra o efetivo militar na região.

Nos últimos anos, a Argentina intensificou as reclamações contra o domínio britânico nas ilhas Malvinas, mas se recusa a conversar com os insulanos, chamados de kelpers pelos britânicos. Para o governo de Cristina Kirchner, eles são colonizadores das ilhas e, por isso, há apenas dois lados no conflito.

Os britânicos, no entanto, defendem a autodeterminação dos kelpers e querem que eles participem das negociações. O Reino Unido também é favorável a um plebiscito feito pelos moradores da ilha para definir seu status em relação aos britânicos.

EUA

Nesta segunda o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que Washington não comentará a disputa pela soberania das Malvinas, seguindo a linha histórica dos Estados Unidos em relação ao tema.

Kerry afirmou que os EUA "apoia a colaboração prática" entre o Reino Unido e Argentina, que reivindica a soberania sobre o arquipélago, e urgiu "uma solução pacífica" ao litígio.

Na época da guerra, Washington contrariou o TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Pacífica), em que todos os países da América não aceitariam intervenção de outro continente e reprimiriam qualquer invasão. Os americanos foram neutros no conflito de 1982.

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