Bullrich se reúne com ministro da Segurança Pública de El Salvador para discutir combate à criminalidade

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Um dia antes da posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina, a ex-candidata e agora designada ministra da Segurança da Casa Rosada, Patricia Bullrich, se reuniu com o governo de Nayib Bukele para discutir estratégias de combate à criminalidade, neste sábado (9).

Na rede social X (antigo Twitter), Bullrich publicou um registro do encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública de El Salvador, Gustavo Villatoro, realizado às vésperas da posse no cargo neste domingo (10). "Me encontrei com Gustavo Villatoro para discutir estratégias eficazes na luta contra o tráfico de drogas e as máfias”, afirmou a ex-candidata, que já esteve à frente da pasta de segurança durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019).

Além disso, Bulrrich afirmou que os países “compartilharam experiências valiosas que servem para fortalecer as ações em matéria de segurança dos cidadãos argentinos”. Além de enfrentar o caos econômico que assola a Argentina, o governo de Milei terá que encarar um cenário de criminalidade e violência persistente no país, que registrou mais de 8 mil mortes violentas em 2022.

Dados oficiais divulgados em julho deste ano, apontam que o país registrou 1.890 homicídios dolosos (quando existe a intenção de matar), 6.329 latrocínios (roubo seguido de morte), 311.697 furtos e 394.525 roubos violentos, no ano passado, situação que mostra uma necessidade urgente de novas ações na área da Segurança na Casa Rosada.

El Salvador ganhou os holofotes nos últimos anos justamente por aplicar novas estratégias de combate aos grupos criminosos que atuam no país. De acordo com dados do governo, os índices de violência desde a chegada de Nayib Bukele no poder passaram de 38 mortes a cada 100 mil habitantes, em 2019, para 7,8 mortes em 2022.

Entre as medidas tomadas pelo presidente salvadorenho está a de construir uma megaprisão, considerada o maior presídio das Américas, com capacidade para receber até 40 mil detentos, segundo informações do Ministério da Infraestrutura. Quase 70 mil criminosos já foram detidos no local.