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Até o momento, foram recuperados 11 corpos, dos quais cinco foram identificados | EFE/MASSIMO PERCOSSI
Até o momento, foram recuperados 11 corpos, dos quais cinco foram identificados| Foto: EFE/MASSIMO PERCOSSI
  • Imagem aérea de região onde o navio Costa Concordia naufragou na Itália

As operações de busca dos desaparecidos após o naufrágio na sexta-feira passada do "Costa Concordia" perto de uma ilha italiana foram suspensas nesta quarta-feira, indicou à AFP um porta-voz dos bombeiros.

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"Os instrumentos (de medida em terra firme) revelaram que o navio se move, estamos avaliando se encontrou um novo ponto de apoio antes de decidir se podemos retomar as operações. Por enquanto, não podemos nos aproximar", declarou o porta-voz, Luca Cari.

A suspensão ocorreu às 8h (5h de Brasília), disse o porta-voz, acrescentando que os socorristas trabalharam durante toda a noite em busca de possíveis sobreviventes. Até o momento, foram recuperados 11 cadáveres, dos quais cinco foram identificados.

"Praticamente terminamos de controlar a parte que está fora da água", acrescentou Cari.

Duas equipes de mergulhadores da marinha italiana reiniciaram a exploração da parte submersa do navio, perfurando o casco com mini-cargas explosivas.

A busca se concentra em uma parte situada a 18 metros de profundidade que corresponde ao convés número 4 do navio, onde na terça-feira foram encontrados cinco corpos com coletes salva-vidas.

No convés número 4 estavam as lanchas de salvamento que permitiram salvar a vida de boa parte das 4.229 pessoas - mais de 3.200 turistas e mil tripulantes - que estavam no "Costa Concordia" no moomento do acidente.

O capião de um dos rebocadores que participam dos trabalhos de resgate precisou ser hospitalizado devido ao estresse e à carga de trabalho, disse à AFP Filipo Marini, um porta-voz da guarda-costeira.

Além disso, as equipes se preparam para começar o bombeamento do combustível que ainda se encontra no interior do barco."Estamos instalando todo o necessário para começar o bombeamento, mas, por enquanto, não sabemos quando começaremos, isso dependerá das condições do tempo", disse o comandante Cosimo Nicastro, outro porta-voz da guarda-costeira.

As autoridades italianas temem um desastre ecológico se as 2.400 toneladas de combustível que se encontram nos reservadórios do Concordia caiam no mar, nocoração de uma região considerada uma reserva natural.

Por outro lado, o comandante do navio foi libertado durante a noite e levado a Meta di Sorrento, no sul da Itália, onde cumprirá prisão domiciliar, informou a imprensa italiana.

O capitão Francesco Schettino, acusado de homicídios múltiplos por imprudência e abandono de navio, foi detido no sábado pelo procurador de Grosseto, Francesco Verusio.

Francesco Schettino chegou a sua casa de Meta di Sorrento às 02H00 local (23H00 de Brasília) escoltado por policiais.Schettino entrou em seu domicílio por uma passagem secundária para evitar os fotógrafos e repórteres.

A situação do capitão piorou muito depois da divulgação da gravação com a capitania dos portos, na qual fica evidenciado que o Schettino abandonou o barco e não prestou socorro aos passageiros.Neste contexto, a juíza de instrução italiana, que decidiu a prisão domiciliar do comandante, admitiu que existem "graves índicios" de culpabilidade contra Schettino. Segundo ela, ele seria responsável por "um desastre de proporções mundiais".

A juíza Valeria Montesarchio enfatizou que o capitão se negou a voltar a bordo, apesar da ordem do comando da Capitania, e que não há dúvidas da gravidade de suas ações.

O navio partiu na sexta-feira às 19h (16h de Brasília) de Civitavecchia, perto de Roma, e se chocou contra uma rocha perto da Ilha de Giglio, na costa da Toscana, antes de naufragar.

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