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De todas as 20 aeronaves e embarcações que vasculham o Oceano Índico em busca dos restos do voo MH370 da Malaysia Airlines, o P-8 Poseidon, da Marinha norte-americana, parece ser o mais capaz de desvendar o mais intrigante mistério da aviação moderna.

Cinco estações de trabalho instaladas junto à fuselagem exibem vídeos feitos com sensores secretos, fazendo desse um dos mais sofisticados aviões de vigilância do planeta.

A mais recente missão, que já dura três semanas – passar cinco horas numa infrutífera varredura do mar a 90 metros de altura –, serviu apenas para salientar a enormidade do desafio que a equipe internacional de buscas enfrenta.

"Esta é a minha primeira vez no Oceano Índico e é, inquestionavelmente, o pedaço de água mais intocado que eu já vi", disse o subcomandante naval David Mims, piloto do avião, durante um voo acompanhado pela Reuters nesta semana.

"É raro sair e não ver nenhuma massa de terra, não ver nenhum tráfego marítimo. Não há nada. É estranho", disse Mims. Estados Unidos, China, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Japão participam das buscas, cerca de 2 mil quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth.

Até agora, as buscas pelo Boeing 777 com 239 ocupantes não revelaram nada. Peças avistadas há alguns dias no mar eram na verdade equipamentos de pesca e outros detritos. O mau tempo obriga a sucessivas paralisações nas buscas.

Dois Poseidons participam da operação. A um preço em torno de US$ 175 milhões cada um, esse avião está equipado com câmeras, sensores de radar e infravermelho, com a finalidade primordial de detectar submarinos inimigos submersos. Mas, apesar dos equipamentos avançados, a busca é basicamente visual, espiando pela escotilha.

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