• Carregando...

BOGOTÁ - O presidente norte-americano, George W. Bush, desembarcou por volta do meio-dia deste domingo (11) (14h no horário de Brasília) em Bogotá, na Colômbia, a terceira escala de sua viagem à América Latina. Bush esteve no Uruguai, no sábado (10) e no Brasil, na sexta-feira (9). A turnê inclui ainda viagens à Guatemala e ao México.

Bush foi recebido pelo embaixador dos Estados Unidos na capital colombiana, William Wood, e pelo chanceler colombiano, Fernando Araújo, que o acompanharam até uma limusine blindada.

O chefe de estado americano desceu as escadas do avião -o Air Force One- ao lado de sua esposa, Laura Bush, à frente da secretária de estado americana, Condolezza Rice.

Na visita ao país, que deve durar pouco mais de seis horas, Bush prevê analisar com seu aliado colombiano, o presidente Álvaro Uribe, a continuidade do plano de combate às drogas em Bogotá, cidade que aguardou o presidente norte-americano com 22 mil soldados prontos para protegê-lo tanto da guerrilha quanto dos protestos realizados pelos sindicatos e grupos políticos.

A expectativa da passagem de Bush por Bogotá avivou a disputa entre os defensores e opositores do presidente Alvaro Uribe, o principal aliado de Washington na região. A polêmica deixou o clima mais tenso no país andino.

Fortes medidas de segurança foram tomadas para proteger o presidente norte-americano, incluindo controle nas ruas e o sobrevôo permanente de helicópteros de combate e aviões.

Bush partiu para a Colômbia pontualmente às 7h40 (horário Brasília) deste domingo, do Aeroporto Internacional de Carrasco, no Uruguai, o mesmo local onde havia chegado na noite de sexta-feira.

Bush faz sua segunda visita à Colômbia em seis anos de mandato na Casa Branca. A primeira, também de poucas horas, ocorreu no final de novembro de 2004, na cidade caribenha de Cartagena.

O presidente americano deve se reunir também com representantes de comunidades negras para conhecer, em primeira mão, a eficiência dos programas de substituição de cultivos ilícitos e geração de produtos alternativos financiados por seu país.

Uruguai

No sábado, Bush foi recebido pelo presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, em Anchorena, 200 km a oeste de Montevidéu, onde ambos manifestaram sua disposição de incrementar o comércio bilateral.

Em uma recepção na residência do embaixador Baxter, sua última atividade programada no país, Bush teria dito em um breve discurso que o Uruguai "é um país democrático, com instituições sólidas, com um comércio livre e que é muito importante não só na região, mas também para traçar caminhos", segundo relato do ex-presidente uruguaio Jorge Batlle na mídia local.

Bush teria completado seu discurso, dizendo que "qualquer problema que tenham (os uruguaios), já disse ao presidente (Vázquez): peguem o telefone e me liguem", contou o ex-presidente, que estava entre as 40 figuras da política nacional convidadas para o evento.

Em respeito à questão da política internacional, em especial no que concerne ao Iraque, Bush teria dito que "os tempos e as circunstâncias mudam as coisas. Ainda que não pareça, sou um homem de paz", contou o embaixador.

Em seu encontro com Tabaré Vázquez, Bush se concentrou em temas como comércio e amizade. Mais uma vez ignorou as provocações do líder venezuelano Hugo Chávez, que aos gritos de "fora gringo", protestou contra Bush na noite de sexta-feira em Buenos Aires, na Argentina. "Eu vim para a América do Sul e para a América Central para avançar a diplomacia positiva e construtiva do meu governo", discursou Bush.

Brasil

O presidente George W. Bush esteve na cidade de São Paulo entre os dias 8 e 9 de março. Bush esteve por cerca de 24 horas no Brasil, na primeira etapa de um giro por cinco países da América Latina.

O presidente dos EUA se encontrou com o presidente Lula para discutir a parceria entre Brasil e EUA no desenvolvimento de tecnologia para a produção de etanol, visitou uma estação da Transpetro - subsidiária de transporte e armazenamento da Petrobras - e fez uma passagem rápida por uma ONG na Zona Oeste da capital.

Protestos anti-Bush

Bush vem enfrentando uma série de manifestações em seu giro pela América Latina. Depois de conhecer sua impopularidade em São Paulo sua passagem pelo Uruguai também foi marcada por protestos. O cenário de oposição à sua presença deverá se repetir na Colômbia. Ele também não deve esperar por recepção calorosa na Guatemala e no México.

Em Montevidéu, cerca de cem pessoas marcharam no sábado (10) em repúdio à visita de Bush. Os manifestantes repetiram um gesto feito no Brasil, queimando um boneco que representava o governante norte-americano nas proximidades da residência do embaixador dos EUA no Uruguai.

Convocada por grupos radicais de esquerda, o protesto aconteceu no centro da capital uruguaia e coincidiu com uma recepção do presidente Bush para autoridades locais e empresários.

Embora impopular, Bush tem procurado demonstrar tranqüilidade diante das provocações de Chávez e das seguidas manifestações contra a sua presença. O presidente dos EUA tenta melhorar a sua imagem. "Eu chamaria a nossa diplomacia de quieta e eficaz", afirma.

Washington vê as administrações moderadas de Vázquez, no Uruguai, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil -com quem Bush se encontrou na sexta-feira-, como contrapesos a Chávez e seus aliados esquerdistas na região.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]