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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou neste domingo que deve ser buscada uma "paz sustentável". O governo americano pediu a Israel que tenha mais cuidado para evitar mortes de civis como as registradas na aldeia libanesa de Qana.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, o presidente foi informado sobre o ataque israelense em Qana e insistiu na importância de se "continuar avançando em uma via diplomática",

- O incidente de Qana foi um acontecimento horrível. É realmente importante que as condições que levaram a isto sejam eliminadas - declarou o porta-voz.

Os Estados Unidos apóiam a exigência de Israel de que o Exército do Líbano, com o apoio de uma força multinacional, estabeleça o controle no sul do país e impeça os ataques do Hezbollah como condição para um cessar-fogo.

- Os Estados Unidos não acreditam que o que aconteceu nas últimas duas semanas constitua um crime de guerra - disse o subsecretário de Estado, Nicholas Burns, ao programa "This Week" da emissora americana "ABC".

No mesmo programa, horas após o ataque israelense, o porta-voz libanês Mohamad Chatah considerou o bombardeio de Qana "um crime de guerra".

- Isto só pode criar mais extremismo, mais ódio - afirmou o assessor do Ministério de Relações Exteriores do Líbano, que pediu a interrupção imediata das hostilidades.

O embaixador de Israel nos EUA, Daniel Ayalon, respondeu que "caso tenha havido um crime de guerra foi o cometido pelo Hezbollah, que esconde seu armamento no meio da população civil.

O primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, disse que desde o início das hostilidades morreram mais de 700 civis e outros 3.000 ficaram feridos no seu país.

Após o ataque em Qana, Siniora disse à secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que sua visita a Beirute não era oportuna.

Agora, a expectativa é que ela retorne amanhã a Washington, sem ter avançado na obtenção de um cessar-fogo.

Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Blair Jones, qualificou o bombardeio como "um incidente trágico e terrível" e expressou as condolências do Governo americano ao povo libanês.

- Continuamos pedindo ao Governo de Israel que tenha o maior cuidado a fim de evitar baixas civis - acrescentou.

O vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, também expressou seu pesar pela morte de civis, especialmente de crianças, porém disse que o Hezbollah esconde seu armamento em áreas civis e dispara mísseis sobre alvos civis em Israel.

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