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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, lançou nesta quinta-feira uma nova campanha contra a corrupção no mundo, um fenômeno que segundo ele prejudica a democracia e o desenvolvimento dos países pobres.

"A corrupção é um obstáculo ao progresso democrático, abala a fé nas instituições de governo e rouba a prosperidade das pessoas", disse Bush em nota.

A chamada Estratégia Nacional para Internacionalizar Esforços Contra a Corrupção é resultado de um acordo do G-8, na sua recente cúpula de São Petersburgo, para coordenar políticas jurídicas e financeiras de combate à corrupção.

- Nosso objetivo é derrotar a corrupção pública de alto nível em todas as suas formas e negar a funcionários corruptos o acesso ao sistema financeiro internacional como meio de defraudar seu povo e ocultar seus ganhos ilegalmente obtidos - disse Bush.

A subsecretária de Estado para Assuntos Econômicos, Empresariais e Agrícolas, Josette Shiner, disse a jornalistas que os órgãos públicos dos EUA vão trabalhar com seus equivalentes de outros países para detectar governantes corruptos e impedir que eles tenham acesso aos sistemas financeiros, além de recuperar e devolver as verbas desviadas e punir os responsáveis.

Ela não quis citar governantes específicos que possam ser punidos por seu enriquecimento, mas confirmou que "a Coréia do Norte é uma questão de preocupação específica em várias frentes".

Um documento do Departamento de Estado divulgado nesta quinta-feira identificava os ex-presidentes Saddam Hussein (Iraque), Arnaldo Alemán (Nicarágua), Sani Abacha (Nigéria) e Alberto Fujimori (Peru) como exemplo de pessoas que enriqueceram desviando imensas quantias públicas em seus países.

O secretário-assistente de Justiça Matthew Friedrich citou recentes iniciativas dos EUA contra a corrupção, como o congelamento dos bens de autoridades bielo-russas, ordenado em junho por Bush, e a condenação do ex-primeiro-ministro ucraniano Pavel Lazarenko, em São Francisco, por lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

Em 2004, os Estados Unidos devolveram mais de US$ 20 milhões relativos a atividades ilícitas feitas direta ou indiretamente por Fujimori, segundo Friedrich.

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