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Washington – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, anunciaram ontem, em Washington, um plano de três etapas que eles consideram que porá fim ao conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah. Hoje a guerra completa 18 dias.

A proposta consiste no retorno da secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, ao Oriente Médio, hoje; em reuniões na Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de segunda-feira, para discutir a formação de uma força multinacional para envio ao sul do Líbano; e na apresentação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, no fim da próxima semana, para definir os termos para o fim das hostilidades.

Ontem, no entanto, o conflito se agravou. Israel atacou pelo menos 130 alvos no Líbano, e anunciou que 200 integrantes do grupo xiita Hezbollah foram mortos. O militantes libaneses, por sua vez, ampliaram ataques ao norte de Israel e usaram uma nova arma, ainda desconhecida, um míssil com 100 quilos de explosivos. O total de mortos já passa de 600, segundo as autoridades, apesar de nem todos os corpos terem sido contados.

França, Turquia, Irlanda e Itália, já ofereceram tropas para a força de paz multinacional. A missão não deve impor um cessar-fogo. Blair admitiu que o plano só funcionará se o Hezbollah o aceitar. Ficou claro também que Blair e Bush endossam a posição de Israel e não pressionarão por um cessar-fogo incondicional, como defendem outros líderes europeus e nações árabes. O objetivo principal do plano é fazer com que o Exército libanês passe a patrulhar o sul do país, hoje controlado pelo Hezbollah, e que esse grupo seja desarmado.

Como o Hezbollah não aceita soltar os dois soldados israelenses seqüestrados dia 12, no início do conflito, e Israel descarta a libertação de presos libaneses, o conflito ainda pode levar semanas. Diplomatas europeus comentaram que é mínima a perspectiva de um cessar-fogo imediato. Por outro lado, o Hezbollah aceita que o governo do Líbano negocie a situação. E Israel tende a seguir a orientação dos Estados Unidos.

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