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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o premier do Iraque, Nuri al-Maliki, analisarão em sua reunião de terça-feira na Casa Branca a possibilidade de aumentar o número de soldados americanos e iraquianos em Bagdá, para tentar conter a nova onda de violência na capital do Iraque.

Bush e Maliki vão estudar novas estratégias para conter o derramamento de sangue na região de Bagdá, já que o plano de segurança de Maliki para a região revelou-se um fracasso retumbante.

- Um dos primeiros desafios, é claro, é encontrar um meio eficaz de garantir a segurança de Bagdá - disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.

Fontes influentes do governo Bush disseram que uma das alternativas é deslocar um contingente maior de soldados americanos e iraquianos de outros pontos do país para a capital.

- A situação em Bagdá é tal que, se houver melhora naquela cidade, isso terá repercussões positivas em todo o país - disse uma fonte da administração.

Bush está sendo pressionado politicamente para demonstrar avanços no Iraque, de modo a permitir o início da retirada dos soldados até o fim do ano. Os Estados Unidos terão eleições parlamentares em novembro, e o controle republicano do Congresso está em jogo.

- O Iraque ainda é o prisma através do qual todos os eleitores americanos olham quando pensam em política - disse o estrategista republicano Scott Reed. Ele afirmou que, apesar de os eleitores também estarem preocupados com o preço da gasolina e com questões ligadas à imigração, o "Iraque ainda é central".

Bush e Maliki também devem discutir a repercussão dos ataques de Israel ao Líbano, fortemente condenados pelo líder iraquiano. Fontes americanas classificaram essa posição, que contrasta com a dos EUA, como sinal de que há uma democracia saudável no Iraque.

Guerra Civil

Apesar de o governo Bush insistir que não há guerra civil no Iraque, os democratas discordam.

- Há uma guerra civil no Iraque ... Nos últimos dois meses mais de seis mil iraquianos foram mortos. A média está chegando a mais de cem mortes por dia. Precisamos garantir que haja debates sobre isso - disse o líder da minoria do Senado Harry Reid, democrata de Nevada.

Em seu esforço para manter o apoio popular à guerra, Bush foi ao Centro Médico do Exército Walter Reed, na segunda-feira, onde participou de uma cerimônia em que três militares feridos tornaram-se cidadãos americanos.

- Quero que nossos soldados entendam que, além de o país apoiá-los, nós vamos vencer. É de nosso interesse nacional que vençamos. E vamos vencer - disse ele na sexta-feira a militares que voltaram recentemente do Iraque.

Anthony Cordesman, especialista em Iraque do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, chamou a violência das últimas semanas de "faxina étnica light" e disse que ela está se espalhando para outras cidades, além de Bagdá.

- Essas tendências argumentam que o governo iraquiano e os EUA estão perdendo, e não ganhando - disse ele. - O governo Maliki tem de agir bem mais rápido e com mais determinação.

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