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George W. Bush inicia na sexta-feira sua última viagem oficial ao exterior como presidente dos EUA para participar da cúpula Ásia-Pacífico no Peru, onde pedirá apoio para uma reforma financeira global e discutirá formas de restringir o programa nuclear norte-coreano.

Especialistas dizem que a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), em Lima (Peru), dificilmente produzirá avanços importantes. Mas autoridades dos Estados Unidos rejeitaram a idéia de que o encontro será o canto do cisne para um presidente "pato manco" (sem influência) e com baixa popularidade.

"Trata-se de uma reunião séria", disse Daniel Price, consultor de Bush para assuntos econômicos internacionais, lembrando que a tradicional ênfase do presidente na questão do livre-comércio tem muito a ver com a missão central da Apec.

"Não acho que seja uma despedida ..., e sim uma oportunidade para que o presidente leve adiante sua agenda afirmativa."

Especialistas dizem, porém, que a participação de Bush estará ofuscada pelo fato de que em janeiro ele transfere o poder ao democrata Barack Obama.

Os 21 países da Apec representam quase metade do comércio mundial.

Bush também tentará aproveitar a reunião para manter encontros bilaterais sobre a questão nuclear norte-coreana, segundo Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca.

Na sexta-feira, Bush deve discutir a Coréia do Norte e outros assuntos com o primeiro-ministro chinês, Hu Jintao. No sábado, deve conversar com os líderes do Japão e Coréia do Sul.

A Coréia do Norte havia aceitado desmantelar sua usina nuclear de Yongbyon em troca de incentivos políticos e econômicos, mas neste ano o regime comunista local passou a retardar tal desativação, alegando demora nas contrapartidas.

Bush também deve aproveitar a cúpula de Lima para encontrar o presidente russo, Dmitry Medvedev. Washington e Moscou vivem uma fase de atritos devido à recente guerra entre Rússia e Geórgia e à intenção dos EUA de instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu. Ambos os temas devem ser discutidos no encontro, segundo Johndroe.

Um dos principais objetivos de Bush na cúpula da Apec é ampliar o compromisso global com as reformas e princípios financeiros delineados na cúpula do G20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes), na semana passada, em Washington.

Naquele encontro, os governos defenderam que os países mantenham a abertura de mercados e resistam ao protecionismo como forma de resistir à crise, já que isso pode na verdade exacerbá-la.

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