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O presidente Bush insistiu que o envio da ajuda humanitária de apenas US$ 1,6 bilhão anuais do governo americano à America Latina e o dinheiro que os imigrantes latino-americanos remetem dos EUA para a região servem para mostrar que o seu governo continua preocupado com o bem-estar de seus vizinhos do Sul. Depois de mencionar essas contribuições, o presidente americano comentou em tom de queixa:

— Eu acho que os EUA não recebem o devido crédito por tentar ajudar a melhorar as vidas das pessoas. A minha viagem é para explicar, da forma mais clara que eu puder, que a nossa nação é generosa e misericordiosa; que quando nós vemos pobreza, nós nos preocupamos — disse ele, durante entrevista coletiva.

No entanto, o presidente Lula, que estava ao seu lado, manifestou visão diferente a respeito da assistência aos necessitados. Ele disse que os pobres precisam mais de trabalho, de iniciativas que propiciem investimento na produção, do que de verbas assistencialistas.Lula: é preciso mais do que ajuda humanitária

Referindo-se à responsabilidade de EUA e Brasil nesse aspecto, Lula mencionou a América Central e a África como regiões que necessitam de algo além de ajuda humanitária:

— Nós precisamos discutir uma coisa mais importante do que ajuda. Precisamos construir projetos que signifiquem desenvolvimento, e que depois de algum tempo a gente veja o resultado concreto daquele dinheiro investido. Porque em alguns países, ao longo da história, nem sempre o dinheiro da ajuda resulta em alguma coisa, porque não se tem controle da aplicação daquele recurso.

Lula sugeriu a Bush que Brasil e EUA se juntassem para criar projetos de desenvolvimento para a América Central, dizendo que em sua opinião essa era "a forma real como países mais ricos podem ajudar os mais pobres".

— Nada é mais importante para dar cidadania a um homem ou à uma mulher do que saber que eles têm um trabalho, e podem levar um dinheirinho para casa no final do mês — afirmou Lula.

Bush disse ainda que além de dinheiro estava enviando um navio-hospital à América Latina, e financiando o treinamento de professores, médicos e enfermeiras.

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