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O presidente dos EUA, George W. Bush, desafiou nesta terça-feira os líderes mundiais reunidos na abertura da 61ª Assembléia Geral da ONU a fazerem mais para construir a democracia no Oriente Médio. O discurso de Bush abriu uma série de intervenções de peso na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Bush manteve o tom usado no discurso feito há uma semana na ocasião do quinto aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington. O líder americano afirmou que o "chamamento da nossa geração" é a luta entre o extremismo e a "maioria pacífica".

O presidente da maior potência mundial também voltou suas baterias contra o Irã, pedindo que o país suspenda imediatamente o seu programa nuclear. EUA e União Européia temem que o programa seja usado para fins bélicos. O regime iraniano nega, dizendo que tem objetivos pacíficos.

Bush reservou parte de suas declarações para se dirigir aos iranianos:

- Vocês merecem uma oportunidade para determinar seu próprio futuro. O maior obstáculo para este futuro é que seus governantes escolheram negar sua liberdade e incentivar o extremismo e a busca pelas armas nucleares.

O governo americano procura há tempos mostrar seu apoio aos iranianos contra um governo de Teerã que eles vêem como um grande patrocinador do terrorismo. Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1979.

Com os Estados Unidos e os europeus pressionando o Irã a suspender seu programa de enriquecimento de urânio, Bush disse aos iranianos que "apesar do que o regime lhes diz, não temos nenhuma objeção à busca do Irã de um programa de energia nuclear pacífico".

- Estamos trabalhando em direção a uma solução diplomática para essa crise. E enquanto fazemos isso, olhamos para o dia em que vocês poderão viver em liberdade, e a América e o Irã possam ser bons amigos e parceiros próximos na causa da paz - comentou Bush.

Antes do discurso na ONU, Bush afimrou que, se o Irã continuar protelando a exigência do Ocidente para que o país suspenda o enriquecimento de urânio, ele vai pressionar por sanções do Conselho de Segurança sobre seu programa nuclear.

Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, vai fazer um pronunciamento à noite na sede da ONU.

Na abertura do evento, o secretário Kofi Annan fez seu último discurso na Assembléia Geral. Em dezembro, ele deixará o cargo, ao fim de dois mandatos, ou dez anos, liderando a ONU.

A sessão foi aberta, como é tradição na ONU, pelo discurso do presidente do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva centrou o seu discurso na idéia de que a paz não existirá enquanto houver pobreza no mundo.

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