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Mortos eram de grupo messiânico

Bagdá – Funcionários do governo iraquiano informaram que os supostos insurgentes mortos entre domingo e ontem na região de Najaf faziam parte de um grupo messiânico chamado "Soldados do Céu’’.

Segundo o governo, o número de mortos na batalha, anteriormente estimado em 250, passou oficialmente a ser 200. Entre 120 e 150 pessoas foram presas e 60 ficaram feridas.

A batalha – que teve presença de militares norte-americanos – foi a pior na província desde que os EUA devolveram Najaf para o controle do governo iraquiano, em dezembro. Dois militares americanos foram mortos na queda de um helicóptero e dez soldados iraquianos morreram durante os confrontos.

O líder dos "Soldados do Céu", um iraquiano que dizia se chamar Mehdi bin Ali bin Ali bin Abi Taleb e ser descendente de Maomé, também está morto. Segundo o governo, Taleb afirmava que era o imã Mehdi – líder espiritual do século 9 que muitos xiitas acreditam que retornará um dia para restabelecer a paz e a justiça.

Washington – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ameaçou ontem dar uma "resposta firme" ao Irã caso o país intensifique sua ação militar no Iraque ou ameace as forças americanas em combate. A ameaça de Bush é uma reação a uma reportagem do jornal The New York Times, que afirmou em sua edição de ontem que o Irã pretende aumentar seus laços militares e econômicos com o Iraque.

A Casa Branca acusa o Irã de apoiar terroristas no Iraque e de fornecer armamento aos insurgentes que lutam contra a coalizão americana no país árabe. Os EUA se mostraram céticos quanto aos supostos planos do Irã revelados pelo Times. "Se o Irã intensificar suas ações militares no Iraque e prejudicarem nossas tropas ou iraquianos inocentes, vamos responder com firmeza", disse Bush, em uma entrevista à Radio Pública Nacional americana.

Além da crescente tensão entre Washington e Teerã com relação ao Iraque, os EUA também são fortes críticos do programa nuclear do país persa, que acusam de ter o objetivo de construir armas de destruição em massa. O Irã nega.

De acordo com o New York Times, o plano de expansão do papel militar e econômico de Teerã pode trazer ainda mais tensão ao Iraque, onde os EUA detiveram recentemente um grande número de iranianos, acusados de cumplicidade em ataques contra forças dos EUA. O jornal afirma que o plano foi revelado pelo embaixador iraniano para o Iraque, Hassan Kazemi Qumi.

As declarações de Qumi ao Times são uma resposta às acusações anteriores de Bush de que o Irã age contra os interesses americanos no Iraque.

Autorização

Na sexta-feira, Bush autorizou o Exército dos EUA a matar ou capturar militantes iranianos em atividade no Iraque, como parte de uma estratégia agressiva para enfraquecer a influência do Irã no Oriente Médio e pressionar para que o país abandone seu programa nuclear.

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