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O presidente George W. Bush disse no sábado estar preocupado com o relatório do serviço de inteligência norte-americano, segundo o qual a al Qaeda está entrincheirada em um local seguro em uma região tribal do Paquistão, próximo ao Afeganistão.

Mas Bush ofereceu apoio ao presidente paquistanês, dizendo acreditar que Pervez Musharraf está comprometido com o combate à al Qaeda e aos militantes do Taliban.

Parte do relatório divulgada nesta semana revelou "persistente e crescente" ameaça aos Estados Unidos por parte de grupos militantes islâmicos, especialmente a alQaeda de Osama bin Laden.

Bush, em seu pronunciamento semanal no rádio, disse que a conclusão do relatório de que a al Qaeda estava ganhando força em uma região tribal no Paquistão era "uma das mais preocupantes."

Os Estados Unidos, após o ataque de 11 de setembro de 2001, liderou uma invasão ao Afeganistão ainda naquele ano para derrubar o Taliban, movimento religioso no poder, e para deter bin Laden e seus seguidores.

Musharraf, um general do exército, tem sido um importante aliado de Washington, mas compete com uma campanha violenta de militantes islâmicos e fronteiras abertas que dificultam o controle do trânsito de militantes, armas, ópio e outras drogas.

A Casa Branca reconhece que a trégua estabelecida por Musharraf em setembro com os líderes tribais não funcionou.

"O presidente Musharraf reconhece que o acordo não obteve sucesso ou foi bem implementado e está tomando medidas para sua correção," disse Bush.

"Nós vamos trabalhar com nossos parceiros para negar abrigo para o Taliban e a al Qaeda no Paquistão, ou em qualquer lugar do mundo."

O Senador democrata John Kerry, que perdeu a eleição presidencial para Bush em 2004, disse que as agências de inteligência têm avisado que a guerra do Iraque estaria desviando a atenção da al Qaeda no Paquistão e Afeganistão. "Nossas tropas e nosso país precisam de uma nova política desse presidente, não a mesma velha retórica," disse Kerry.

A região norte do Paquistão próximo ao Afeganistão é considerada um refúgio da al Qaeda e do Taliban, com autoridades norte-americanas dizendo que bin Ladem e outros líderes estão escondidos nessa área.

Washington tem pressionado o Paquistão para intensificar as operações contra a al Qaeda nas fronteiras e não eliminou a possibilidade de ataques.

O ministro das Relações Exteriores do Paquistão disse que somente as tropas nacionais podem conduzir operações antiterrorismo em solo paquistanês.

"Com o passar do tempo, pode ser tentador pensar que a ameaça de um outro ataque em nosso país já passou", Bush disse, adicionando que o relatório desta semana "deixa claro que a ameaça não passou."

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