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Paris (AFP/EFE) — A morte de três jornalistas iraquianos da rede de tevê Al Arabiya, cujos corpos foram encontrados ontem, ao norte de Bagdá, expõe os perigos enfrentados pelos jornalistas em missão, principalmente no Iraque, o país mais perigoso no momento para o exercício desta profissão.

Os funcionários da Al Arabiya, entre eles a repórter Atwar Bahjat Al Samerai, foram assassinados em Samarra, cerca de 120 quilômetros ao norte de Bagdá, no local onde ocorreu, na quarta-feira, a explosão da Mesquita Dourada, fato que revoltou o ramo xiita do Islã e que desencadeu uma onda de violência civil no Iraque. A emissora não deu mais detalhes sobre o sucedido, mas fontes policiais iraquianas asseguraram ontem que os três foram seqüestrados na quarta-feira por um grupo de homens armados nos arredores de Samarra.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) informou em seu relatório anual, divulgado em janeiro, que dos 47 jornalistas mortos em missão no mundo em 2005, 22 morreram no Iraque, sendo que 8 foram assassinados após terem sido seqüestrados. Um jornalista esportivo iraquiano foi morto em janeiro em Bagdá, em um atentado suicida. Desde o início deste ano, um jornalista foi morto a tiros nas Filipinas e outro na China, pela Polícia. Já a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) informou, por sua vez, que 150 jornalistas foram mortos em 2005, sendo que 89 "no exercício de suas funções", a maior parte vítima de assassinatos encomendados por líderes políticos, forças paramilitares ou criminosos.

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