• Carregando...

Numa mudança dramática, uma nova pesquisa mostra que a maioria dos cubano-americanos da Flórida defende o fim do embargo econômico norte-americano contra o regime comunista de Cuba.

O resultado da pesquisa da Universidade Internacional da Flórida sinaliza uma esperança de melhoria nas relações cubano-americanas. É a primeira vez que a maioria (53 por cento) dos entrevistados nesse levantamento, feito desde 1991, defende o fim do embargo, imposto há quase cinco décadas.

Na pesquisa do ano passado, apenas 42 por cento dos moradores do Condado de Miami-Dade, tradicional reduto da oposição exilada ao regime cubano, disse ser contra o embargo.

Os 650 mil exilados cubanos da Grande Miami representam mais de um quarto da população local. Esse grupo há décadas exerce uma pressão desproporcional sobre a política de Washington em relação a Cuba.

Mas a comunidade dos exilados está mudando, e os radicais estão perdendo força. Analistas dizem que os cubano-americanos mais jovens estão mais preocupados com questões internas dos EUA, como a economia, do que com a situação política de Cuba.

"O resultado (da pesquisa) demonstra uma contínua mudança nas atitudes dos cubano-americanos e refletem uma lacuna geracional entre os cubano-americanos que chegaram aos EUA na década de 1960 e os que vieram para os EUA na década de 1980 ou depois", disse a Universidade Internacional da Flórida em nota.

O presidente-eleito Barack Obama não chega a defender o fim do embargo, atualmente condicionado à libertação de presos políticos, concessão de liberdades individuais e realização de eleições livres na ilha.

Mas Obama promete suspender as restrições de viagens de cubano-americanos a Cuba, imposta pelo governo Bush em 2004. Na pesquisa da Universidade Internacional, 66 por cento querem o fim das restrições de viagens.

Diplomacia

Obama também defende contatos diplomáticos diretos com o governo de Raúl Castro. Na pesquisa, a proporção dos entrevistados que querem o restabelecimento de relações diplomáticas com Havana passou de 57 para 65 por cento.

O governo de Dwight Eisenhower rompeu relações com Cuba em 1961, dois anos depois da revolução liderada pelos irmãos Fidel e Raúl Castro contra o ditador Fulgencio Batista, que tinha apoio dos EUA.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]