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O pré-candidato republicano à presidente dos Estados Unidos, Herman Cain, em coletiva neta terça-feira (8), no Arizona | Eric Thayer/Getty Images/AFP Photos
O pré-candidato republicano à presidente dos Estados Unidos, Herman Cain, em coletiva neta terça-feira (8), no Arizona| Foto: Eric Thayer/Getty Images/AFP Photos

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Herman Cain afirmou nesta terça-feira (8) que não abandonará a corrida à Casa Branca, e acusou a "máquina democrata" pela série de denúncias contra ele por assédio sexual.

"Vamos superar isto. O fato é que estas acusações anônimas são falsas e agora a máquina democrata nos Estados Unidos recorre a uma mulher com problemas para fazer falsas acusações", disse Cain em entrevista no Arizona.

"Não vamos permitir que Washington ou os políticos nos neguem a oportunidade de representar esta grande nação. Estas acusações não me farão recuar ou sair da corrida nas primárias, porque estou fazendo isto pelo povo americano. Não me abaterei por acusações falsas, anônimas e incorretas", afirmou Cain, que se disse disposto a passar por um detector de mentiras.

Sharon Bialek, mãe de um adolescente de 13 anos, acusou na segunda-feira (7) o republicano, que já havia sido denunciado por outras três mulheres, de ter tentado obter favores sexuais durante uma reunião em julho de 1997, em Washington, quando ela entrou em contato em busca de emprego.

Bialek leu uma declaração afirmando que Cain "meteu a mão sob sua saia e puxou sua cabeça para aproximá-la do seu sexo quando os dois estavam em um carro, após um jantar".

"Exijo que ele seja preso", completou Bialek, que falava em nome de "todas as mulheres que são abusadas sexualmente", acompanhada pela célebre advogada feminista Gloria Allred.

Nesta terça-feira, Karen Kraushaar, que havia acusado Cain na semana passada mas sem se identificar, veio à público para confirmar a denúncia.

"Quando você é assediada sexualmente em seu local de trabalho, fica extremamente vulnerável", disse Kraushaar, que trabalhava nos anos 90 na Associação Nacional dos Restaurantes, então presidida por Cain. Atualmente, Kraushaar é porta-voz do departamento do Tesouro.

Segundo uma pesquisa conjunta do Wall Street Journal e da rede de televisão NBC, publicada nesta terça-feira, Cain, que pretende seduzir o eleitorado conservador, teria 27% das preferências dos eleitores republicanos, um ponto a menos que Mitt Romney, e muito à frente do terceiro, Newt Gingrich, com 13%.

Quando foi divulgada essa pesquisa, já tinham sido feitas as três primeiras denúncias de abuso, mas não esta quarta e detalhada revelação.

"Não sou uma mentirosa, faço isto porque é o que é preciso fazer. Eu poderia ter vendido esta acusação, mas não o fiz. Meu único objetivo é dizer a verdade e ajudar aqueles que podem estar em uma situação deste tipo", disse Bialek à BBC.

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