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Pai de uma das vítimas da queda do MH17 visita a área do acidente vestindo uma camiseta com uma foto da filha | Reuters/Sergei Karpukhin
Pai de uma das vítimas da queda do MH17 visita a área do acidente vestindo uma camiseta com uma foto da filha| Foto: Reuters/Sergei Karpukhin

Análises da caixa-preta com os dados de voo do avião malaio derrubado mostram que foi destruído por estilhaços vindos da explosão de um foguete e caiu devido a "grande descompressão explosiva", disse uma autoridade do setor de segurança da Ucrânia nesta segunda-feira (28). A aeronave teria sido atingida por estilhaços de um míssil.

O porta-voz do Conselho de Segurança da Ucrânia, Andriy Lysenko, declarou em entrevista à imprensa em Kiev que a informação foi dada por peritos que analisam os registros de voo do avião derrubado em território sob controle dos separatistas no leste da Ucrânia, em 17 de julho.

A Grã-Bretanha está encarregada de baixar os dados das duas caixas-pretas recuperadas no local do desastre e entregar a informação para investigadores internacionais que farão a análise.

O governo da Ucrânia e o Ocidente acusam os rebeldes de terem derrubado o avião. A Rússia responsabiliza o governo ucraniano pela queda, na qual morreram todas as 298 pessoas a bordo.

A aeronave caiu no dia 17 de julho, quando fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, com 298 pessoas a bordo. O Boeing voava a 33 mil pés sobre uma zona de conflito no leste da Ucrânia, altitude que, segundo especialistas, só pode ser atingida por sofisticados mísseis terra-ar. O governo ucraniano e agências norte-americanas dizem que o míssil parece ter sido disparado de território controlado por separatista pró-Rússia. Os rebeldes afirmam que não possuem armas capazes de atingir um avião naquela altitude.

Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia por ter fornecido o sistema de mísseis Buk para os rebeldes, acusação negada por Moscou.

As caixas pretas estão sendo analisadas no Reino Unido depois de terem sido entregues pelos rebeldes para autoridades malaias, na semana passada.

Especialistas em segurança aérea dizem que os dispositivos a bordo do avião são versões antigas dos sistemas de gravação e devem fornecer apenas informações limitadas no que diz respeito à sequência de eventos ocorridos após o suposto míssil ter atingido o avião.

Tanto o sistema de gravação de dados do voo quanto o de gravação de voz na cabine foram produzidos em meados da década de 1990, antes de os reguladores exigirem que tais dispositivos em novos jatos incluíssem memórias maiores, mais velocidade de gravação e baterias de reserva no caso de falha repentina dos sistemas elétricos.

Por essas razões, os investigadores podem acabar com dados incompletos sobre os segundos imediatamente posteriores ao impacto do míssil e registros de voz da cabine mostrando muito pouco além dos sons do impacto.

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