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Caixão com o corpo do líder venezuelano é escoltado por multidão | EFE/David Fernández
Caixão com o corpo do líder venezuelano é escoltado por multidão| Foto: EFE/David Fernández

As frases de Chávez

Nos longos discursos de Hugo Chávez, não faltavam frases de efeito ou provocações contra aqueles que considerava seus inimigos. O ex-presidente dos Estados Unidos, o republicano George Bush, chegou a ser chamado de diabo e alcóolatra. Confira abaixo algumas das frases do venezuelano.

Veja algumas frases polêmicas de Hugo Chávez.

Obama diz que morte de Chávez é oportunidade de mudança

Depois do anúncio da morte de Hugo Chávez, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu aos venezuelanos o apoio do povo americano e sinalizou a intenção de manter uma relação construtiva com o governo daquele país. Obama afirmou que a morte de Chávez representa um tempo de mudanças para a Venezuela e disse que seu país está comprometido em promover os princípios da democracia, dos direitos humanos e do Estado de direito.

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Líder da oposição pede unidade

O integrante da oposição venezuelana mais cotado a participar das eleições antecipadas após a morte de Hugo Chávez, Henrique Capriles, expressou nesta terça-feira (5) solidariedade à família do carismático líder e pediu unidade.

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Vice deve convocar eleições em 30 dias

Se o carisma foi uma das marcas de Hugo Chávez, seu sucessor é conhecido pelo sorriso fácil sob o vasto bigode. Nicolás Maduro, 50, tem o "coração de um homem do povo", como disse o próprio Chávez ao ungi-lo às vésperas de seguir para Cuba para a sua quarta cirurgia, em dezembro.

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Lula: "tenho orgulho de ter convivido com Chávez"

Em nota divulgada na noite desta terça-feira (5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez. "Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do presidente Hugo Chávez. Tenho orgulho de ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo", diz a nota.

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Dilma cancela agenda por causa da morte de Chávez

A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, provocou o cancelamento da agenda que a presidente Dilma Rousseff cumpriria na Argentina a partir de quinta-feira.

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EUA classificam de "absurda" acusação de terem provocado morte de Chávez

Os Estados Unidos qualificaram hoje (5) de "absurdas" as insinuações do governo da Venezuela segundo as quais o governo americano esteve envolvido na doença que matou Hugo Chávez.

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  • Hugo Chavez (o segundo a partir da direita), em foto de data desconhecida. A foto foi divulgada por uma ex-vizinha da família, Flor Figueredo, em julho de 2011
  • Hugo Chavez (no centro), em foto de data desconhecida. A foto foi divulgada por uma ex-vizinha da família, Flor Figueredo, em julho de 2011
  • Hugo Chavez na infância (à esquerda). A foto foi divulgada por uma ex-vizinha da família, Flor Figueredo, em julho de 2011
  • Chavez fala no Palácio do Planalto, em Brasília, em junho de 2011
  • Hugo Chavez e a presidente Dilma Rousseff durante visita do venezuelano ao Palácio do Planalto, em 6 de junho de 2011
  • Hugo Chavez, a presidente Dilma Rousseff e o então ministro Antonio Palocci, durante visita do venezuelano ao Brasil, em junho de 2011
  • O líder cubano Fidel Castro, o presidente do país, Raul Castro e o Hugo Chavez recebem o venezuelano em um hospital em Havana, no dia 17 de junho de 2011
  • Fidel Castro, Hugo Chavez e Raul Castro em Havana, em junho de 2011
  • Fidel Castro e Hugo Chavez conversam em Havana em 28 de junho de 2011, quando o venezuelano esteve em Cuba para uma cirurgia
  • Partidários de Chavez exibem jornais com a imagem do líder venezuelano em Caracas, no dia 1º de julho de 2011
  • 11 - Venezuelano prepara cartaz de apoio a Hugo Chavez, em 1º de julho de 2011
  • Hugo Chavez e suas filhas Maria Gabriela (à esquerda) e Rosa Virgina em Havana, em julho de 2011, após cirurgia do presidente venezuelano
  • Chavez e o ministro do Exterior da Venezuela, Nicolas Maduro (à direita) caminham em Havana, no dia 1º de julho de 2011. O presidente venezuelano se recuperava de um cirurgia realizada na capital cubana
  • O presidente venezuelano Hugo Chavez e sua mulher, Rosa Virginia, em Havana, no dia 2 julho de 2011
  • Chavez se depede do presidente cubano, Raul Castro, em 4 de julho de 2011
  • Chavez desembarca em Caracas, em 4 de julho de 2011, após um período de tratamento em Havana
  • Hugo Chavez ao chegar a Caracas após tratamento de saúde em Cuba, em julho de 2011
  • O presidente Hugo Chavez beija a banda da Venezuela no Palácio Miraflores, em Caracas, em 4 de julho de 2011, quando retornou ao país após um período de tratamento em Cuba
  • Chavez e suas filhas, Maria (à direita) e Rosa, no Palacio Miraflores, em Caracas, no dia 4 de julho de 2011
  • O presidente venezuelano no Palacio Miraflores, em julho de 2011
  • Em 28 de julho de 2011, Chavez comemorou seu 57º aniversário em Caracas
  • Chavez de chapéu durante a comemoração do seu aniversário de 57 anos, em 29 de julho de 2011, em Caracas
  • Chavez em reunião da Unasur, no Palacio Miraflores, em Caracas, em 16 de agosto de 2011
  • Hugo Chavez faz oração durante cerimônia ecumênica realizada no Palacio Miraflores, para pedir por sua saúde, em 21 de agosto ede 2011
  • Com o ex-líder líbio Muamar Khadafi (à esquerda), durante visita dele à Venezuela, em setembro de 2009
  • Chavez durante visita do ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, à Venezuela, em 24 de agosto de 2011
  • Hugo Chavez durante visita do ministro do Exterior do Brasil, Antonio Patriota, a Caracas, em 7 de novembro de 2011
  • A presidente Dilma Rousseff é recebida por Chavez no Palacio Miraflores, em Caracas, no dia 1º de dezembro de 2011
  • Dilma Rousseff e Hugo Chavez conversam durante visita da presidente brasileira à Venezuela, em dezembro de 2011
  • Chavez e Dilma Rousseff passam tropas em revista em Caracas, em dezembro de 2011
  • Hugo Chavez e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante a abertura da reunião da Celac, em Caracas, em dezembro de 2011
  • O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (à esquerda), é recebido por Hugo Chavez no Palacio Miraflores, em Caracas, em 9 de janeiro de 2012
  • O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega (à esquerda), cumprimenta Chavez em Managua, em 10 de janeiro de 2012
  • Chavez recebe apoio popular antes de seu embarque para Havana, onde faria um novo tratamento contra o câncer, em 24 de fevereiro de 2012
  • Chavez recebe apoio popular antes de seu embarque para Havana, onde faria um novo tratamento contra o câncer, em 24 de fevereiro de 2012.
  • Chavez recebe apoio popular antes de seu embarque para Havana, onde faria um novo tratamento contra o câncer, em 24 de fevereiro de 2012
  • O presidente venezuelano com familiares em Havana, no dia 13 de março de 2012
  • Chavez e familiares em Havana, em março de 2012
  • Hugo Chavez recebe o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (de costas), no Palacio Miraflores, em Caracas, em 22 de junho de 2012
  • Em foto de junho de 2012, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, dá um quadro do presidente venezuelano, Hugo Chavez, ao ministro do Exterior do país, Nicolas Maduro. O quadro foi pintado pelo artista argentino Norberto Filippo durante uma reunião do Mersocul em Mendoza, na Argentina
  • Chavez e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em encontro na Embaixada da Argentina no Brasil, em 31 de julho de 2012
  • Chavez durante campanha pela reeleição, em agosto deste ano
  • O presidente venezuelano Hugo Chavez cumprimenta eleitores durante a campanha do ano passado
  • Chavez em Caracas, em outubro de 2012, durante a campanha pela reeleição
  • Depois de votar na eleição presidencial do ano passado, no dia 7 de outubro
  • Hugo Chavez durante reunião ministerial no Palacio Miraflores, em Caracas, em novembro de 2012
  • O presidente venezuelano durante entrevistas no Palacio Miraflores, em Caracas, em outubro do ano passado
  • Chavez beija crucifixo durante reunião ministerial em dezembro de 2012
  • O ministro da Defesa da Venezuela, Alfredo Molero (à esquerda), o vice-presidente Nicolas Maduro (no centro) e Hugo Chavez em 10 de dezembro, quando o presidente embarcou para Havana para nova cirurgia contra o câncer
  • Hugo Chavez abraça o vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, antes de embarcar em sua última viagem para Havana, em 10 de dezembro do ano passado
  • Em Caracas, populares choraram a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez
  • Uma multidão foi às ruas da capital venezuelana para chorar a morte de Chávez
  • Visivelmente emocionada, mulher chora a perda do líder bolivariano
  • O anúncio da morte de Chávez causou uma verdadeira comoção pública em Caracas
  • Apoiadores de Hugo Chávez saíram às ruas em Caracas para reverenciar a memória do líder morto nesta terça-feira (5)
  • Jovem carrega bandeira da Venezuela no centro de Caracas após o anúncio da morte de Hugo Chávez
  • Velas e flores em homenagem a Chávez nas ruas de Caracas
  • Garoto acende vela em homenagem a Hugo Chávez, morto nesta terça-feira (5)
  • Partidários e simpatizantes de Hugo Chávez ocuparam as ruas do país em luto pela morte do presidente
  • Mulher segura um retrato em frente ao hospital onde Hugo Chávez estava internado
  • Venezuelanos prestam homenagens ao líder morto na terça-feira (5)

O caixão com o corpo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi levado do hospital militar às ruas de Caracas, nesta quarta-feira (6), e uma multidão se aglomerou no entorno para homenagear o líder socialista.

Soldados colocaram o caixão coberto com uma bandeira da Venezuela em um carro, de onde partiu para um cortejo fúnebre até a Academia Militar de Caracas, onde será velado.

"Chávez ao panteão!", gritavam seus partidários, referindo-se ao mausoléu que ele construiu para abrigar os restos do herói da independência Simón Bolívar.

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Veja fotos da trajetória do presidente venezuelano

Veja vídeos polêmicos de Hugo Chávez

Muitas pessoas choravam e aplaudiam, segurando fotos de Chávez, na despedida.

Autoridades ainda não falaram onde Chávez será enterrado depois de seu funeral de Estado, na sexta-feira.

Chávez morreu na terça-feira, aos 58 anos, após uma batalha de quase dois anos contra o câncer.

Tiros de canhão por toda Venezuela

O ministro da Defesa venezuelano, Diego Molero Bellavia, disse durante a madrugada que a cerimônia de honra pelo líder bolivariano incluirá 21 tiros de canhões da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Cada sede militar, independente de onde esteja no território venezuelano, irá realizar os disparos a partir das 8 horas da manhã (9h30 no horário de Brasília).

"Isso (a salva de tiros) será feito por todo o território onde haja uma unidade de artilharia", afirmou o ministro, em entrevista à agência AVN.

Depois, será disparado um tiro a cada hora até que o corpo de Chávez seja enterrado. Assim que a hora e a rota do transporte do corpo sejam decididos, quatro cavalos serão separados para levar o líder.

"Será escoltado por quatro cavalos e, 15 metros à frente, irá um cavalo com uma cadeira, representando o chefe que não está conosco", afirmou.

O ministro comentou também que tem recebido milhares de mensagens de solidariedade de diversas autoridades das Forças Armadas, incluindo almirantes, generais, e marinheiros. Segundo ele, há uma demanda entre os militares para que os restos mortais do presidente sejam colocados ao lado dos de Simón Bolívar, no Panteón.

Foram decretados sete dias de luto nacional e a suspensão de atividades em escolas de todos os níveis, tando em instituições privadas ou públicas. Nas ruas, o clima é de tristeza, enquanto a população aguarda o desfile militar com o corpo do presidente. De acordo com a emissora Globovisión, a capital Caracas amanheceu vazia, com poucos transeuntes e carros.

A morte do líder deixa incertezas no país e um herdeiro político não tão popular: o vice-presidente Nicolás Maduro. Apesar da Constituição venezuelana descrever que o chefe da Assembleia Nacional é o responsável por assumir a liderança do Executivo em caso de "ausência absoluta do presidente", o chanceler Elias Jaua já adiantou que Maduro deve ocupar o posto e convocar eleições em menos de 30 dias.

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia, não comentou o assunto sobre a posse até o momento. Em declarações à imprensa, ele lamentou a morte do presidente e pediu que o povo venezuelano continue trabalhando como Chávez havia pedido.

Na sexta-feira, às 10 horas (11h30 de Brasília), haverá uma cerimônia oficial que precederá o enterro do líder venezuelano. O evento contará com a presença de líderes de Estado, que darão o último adeus ao aliado, que ele seja sepultado.

Foco se volta para nova eleição

Em meio à comoção, aliados esperam que o luto público ajude a garantir a sobrevivência da autointitulada revolução socialista quando os eleitores elegerem um sucessor.

Dezenas de milhares de venezuelanos imediatamente tomaram as ruas para homenagear o líder socialista, e o luto e vai continuar durante o velório, nesta quarta-feira.

O futuro das políticas esquerdistas de Chávez, que ganhou a adoração dos venezuelanos pobres mas enfureceu adversários que o acusavam de ditador, agora recai sobre os ombros do vice-presidente Nicolás Maduro, o homem indicado por Chávez para sucedê-lo.

"Na imensa dor dessa tragédia histórica, que tem afetado a nossa pátria, apelamos a todos os compatriotas para estarem vigilantes pela paz, amor, respeito e tranquilidade", disse Maduro.

"Nós pedimos que o nosso povo canalizar essa dor em paz."

Maduro, de 50 anos, ex-motorista de ônibus e líder sindical, provavelmente enfrentará o governador de oposição Henrique Capriles na próxima eleição presidencial.

Autoridades disseram que a votação seria convocada dentro de 30 dias, mas não estava claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se a data será anunciada nesse período.

Uma recente pesquisa de opinião mostrou Maduro com ampla liderança sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a bênção de Chávez como seu herdeiro. É provável ainda que ele se beneficie da onda de emoção após a morte do presidente.

Maduro tem sido um aliado próximo de Chávez há anos e seria muito pouco provável que fizesse grandes mudanças políticas.

Alguns têm sugerido que ele poderia tentar aliviar as tensões com investidores e o governo dos EUA, embora, horas antes da morte de Chávez, Maduro tenha afirmado que os "imperialistas" inimigos tinha infectado o presidente com o câncer como parte de uma série de conspirações com os adversários internos.

Biografia

Chávez nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta. Segundo filho entre oito irmãos, antes de se tornar cadete das Forças Armadas, sonhou em ser jogador profissional de beisebol. A infância de Chávez ocorreu em uma época pós-ditadura militar. Na ocasião, a Venezuela vivia os uma democracia incipiente, sob receitas crescentes advindas de petroleiras.

Nas Forças Armadas, enquanto subia na hierarquia militar, estudava os escritos do libertador da Venezuela, Simón Bolívar, além de estudar os filósofos Nietzsche e Plekhanov. Nesta época, começou a prestar atenção à extrema pobreza e desigualdade social do país, em meio ao surgimento de uma elite venezuelana.

Chávez organizou militares em uma conspiração para substituir o que classificava de uma falsa e venal democracia. Em 1992, liderou uma tentativa fracassada de golpe militar. Apesar disso, seu discurso de rendição, transmitido em rede nacional, impulsionou sua carreira política.

Após dois anos de prisão, Chávez foi libertado e adotado como líder nominal por uma coalizão de movimentos de base e partidos de esquerda. Nas eleições de 1998, este grupo o levou à vitória, com apoio não apenas dos pobres, mas de classe média saturada dos partidos políticos tradicionais.

Pouca gente fora da Venezuela, até então conhecida apenas por misses e pelo petróleo, sabia como avaliar a chegada ao poder de um líder temperamental que elogiava Fidel Castro, mas que dizia não ser nem de direita nem de esquerda, mas sim adepto de uma "terceira via" à moda do britânico Tony Blair. Em poucos anos, Chávez se tornou uma das figuras mais reconhecíveis, e polarizadoras, do planeta.

Em abril de 2002, o presidente foi alvo de um golpe de estado, conduzido por elites venezuelanas, com o apoio de George W. Bush. Reconduzido ao poder, Chávez radicalizou seu discurso: passou a declarar-se socialista e estatizou setores da economia. Com a disparada nos preços do petróleo, custeou a abertura de clínicas de saúde equipadas com pessoal cubano e outros programas sociais, aliviando a pobreza.

O presidente era, constantemente, criticado por ter aparelhado a mídia estatal para promover um culto de personalidade. Além disso, oposicionistas o acusavam de ter reforçado o controle sobre as Forças Armadas, o Judiciário e o Legislativo.

Em 2000, um ano depois da aprovação da nova Constituição do país, Chávez voltou a ganhar as eleições. No ano passado, o presidente foi reeleito para um novo mandato de seis anos.

Hugo Chavez, da infância ao poder

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Vídeos polêmicos

Hugo Chávez chama o ex-presidente norte-americano George W. Bush de "diabo" na ONU:

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