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O Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos
O Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos| Foto: EFE/EPA/SAMUEL CORUM

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria democrata, aprovou nesta quarta-feira (8) uma iniciativa para fortalecer o controle de armas de fogo após os tiroteios em Uvalde (Texas) e Buffalo (Nova York), embora seja muito possível que seja travada no Senado.

O projeto contém as medidas de controle de armas mais duras que a Câmara aprovou em décadas.

A iniciativa, batizada de "Protejamos Nossas Crianças", propõe aumentar a idade em que fuzis semiautomáticos podem ser comprados de 18 para 21 anos e proíbe os cartuchos de balas de alta capacidade, que foram usados ​​em Uvalde e Buffalo por jovens de 18 anos.

Além disso, propõe medidas para regular as armas de fabricação caseira, conhecidas como "armas fantasmas", por não possuírem números de série e serem responsáveis ​​por um número crescente de tiroteios.

Essa primeira iniciativa foi aprovada com 223 votos a favor e 204 contra. Cinco republicanos romperam com seu partido e endossaram a medida, enquanto dois democratas votaram "não".

A Câmara dos Representantes também votará hoje à noite um segundo projeto de lei conhecido como "Lei Federal de Ordens de Proteção contra Riscos Extremos".

Esta legislação visa estender a todo o país as leis do chamado "alerta de perigo" ("Red Flag") que foram aprovadas por estados como Califórnia, Nova York e Flórida e que permitem a ativação de um procedimento legal para confiscar as armas de fogo daqueles que podem representar um perigo para si ou para terceiros.

As votações de hoje acontecem depois de uma comissão da Câmara ter ouvido o depoimento das vítimas do tiroteio na escola de Uvalde, no qual morreram 19 alunos e duas professores, bem como das vítimas do atentado em um supermercado de Buffalo.

Entre as testemunhas na audiência estava Miah Cerrillo, uma menina de 11 anos que sobreviveu ao tiroteio em Uvalde, Texas, e que descreveu aos legisladores o pesadelo daquele dia, quando teve que se cobrir com o sangue de um amigo para se fingir de morta e salvar sua vida.

"Não quero que aconteça de novo", disse a garotinha em um vídeo, no qual exigiu "segurança" do Congresso.

É bem possível que nenhuma das duas iniciativas da Câmara seja sequer debatida no Senado, já que os democratas têm uma estreita maioria naquela Casa.

No Senado, um grupo de democratas e republicanos está negociando um projeto de lei mais moderado com disposições para aumentar a checagem de antecedentes e limitar a venda de componentes de algumas pistolas, uma proposta mínima sobre a qual eles esperam chegar a um acordo antes do fim da semana.

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