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O republicano John Boehner presidirá a sessão | Jonathan Ernst/Reuters
O republicano John Boehner presidirá a sessão| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos votará neste sábado um plano orçamentário que evitaria um fechamento temporário do Governo Federal, mas ao mesmo tempo atrasaria durante um ano a entrada em vigor da reforma da saúde, confirmou o presidente desse plenário, o republicano John Boehner.

"O povo americano não quer um fechamento do governo e também não quer o Obamacare (reforma de saúde). Por isso, hoje a câmara votará duas emendas ao projeto aprovado pelo Senado que manterão o governo aberto e deterão o máximo possível a lei de saúde do presidente", disse Boehner em comunicado conjunto com os demais líderes republicanos.

Essa medida aumentaria enormemente a possibilidade de um fechamento temporário do governo na madrugada de terça-feira, dado que requer o sinal verde do Senado, que não se reunirá até a tarde de segunda e cujo líder, o democrata Harry Reid, advertiu que não autorizará nenhum orçamento que afete a reforma de saúde.

"Faremos nosso trabalho e enviaremos este projeto de lei e, então, dependerá do Senado aprová-lo e evitar um fechamento do governo", acrescentaram Boehner e seus aliados no comunicado.

O plano, anunciado após uma reunião a portas fechadas dos líderes republicanos, é uma nova tentativa de aproveitar o debate orçamentário para atacar a reforma de saúde aprovada em 2010, da qual uma parte-chave entra em vigor na próxima terça-feira e o resto em janeiro de 2014.

A Câmara aprovou no último dia 20 de setembro um projeto de orçamento que eliminava todos os fundos para a reforma de saúde, mas essa disposição foi eliminada na versão aprovada nesta sexta pelo Senado.

Esse segundo projeto passou então a consideração da Câmara dos Representantes e é a esse plano do Senado ao qual se acrescentarão as duas emendas mencionadas hoje por Boehner.

Segundo fontes republicanas citadas por vários meios de comunicação, o plano também derroga um imposto de 2,3% nos dispositivos médicos que entrou em vigor por causa da reforma da saúde, algo ao que se opõe a Casa Branca e os democratas do Senado.

A Câmara também votará uma disposição que garantiria o pagamento aos militares no caso de um fechamento temporário do governo, de acordo com a emissora "NBC News".

O projeto orçamentário manteria o Governo Federal em funcionamento até o próximo dia 15 de novembro, quando os legisladores deveriam debater outro orçamento.

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