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Washington – A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos não conseguiu derrubar o veto do presidente George W. Bush ao projeto de lei que marcava para 1.º de outubro o início da retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Depois da votação, congressistas seguiram para a Casa Branca para negociar uma nova versão para o projeto de lei.

"Ontem foi um dia de divergências acentuadas", disse Bush. "Hoje é um dia no qual podemos trabalhar em busca de um terreno comum", prosseguiu o presidente americano, que assistiu à sessão. O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, sentaram-se ao lado de Bush durante a sessão.

Os líderes democratas ficaram imóveis durante o breve pronunciamento de Bush. "Estou confiante de que podemos chegar a um acordo", comentou o presidente. A reunião na Casa Branca começou tarde, aparentemente retardada pela ausência de acordo entre governo e oposição.

Ontem, o projeto, que também havia sido aprovado no Senado na semana passada, recebeu os votos favoráveis de 222 deputados e 203 contrários, muito menos do que os dois terços necessários para derrubar um veto presidencial.

"O presidente não deu ouvidos ao desejo do povo americano. O presidente quer um cheque em branco e o Congresso não vai dar isso a ele", disse antes da votação a deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara (Partido Democrata/Califórnia).

Já o deputado Jerry Lewis (Partido Republicano/Califórnia) discursou dizendo que "agora não é o momento para os Estados Unidos recuarem em sua guerra contra o terror".

Votaram para derrubar o veto de Bush 220 democratas e dois republicanos. Optaram pela manutenção do veto 196 republicanos e sete democratas.

O prazo para o início da retirada norte-americana do Iraque estava contido em um projeto de lei orçamentária que destinava mais US$ 124 bilhões para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão. Ainda não está claro como esses conflitos serão financiados quando os recursos já aprovados se esgotarem.

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