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Cameron no discurso da vitória, em frente ao seu gabinete: preocupações com a UE e a Escócia. | ANDY RAIN/EFE
Cameron no discurso da vitória, em frente ao seu gabinete: preocupações com a UE e a Escócia.| Foto: ANDY RAIN/EFE

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, obteve uma confortável e inesperada vitória nas eleições nacionais, superando previsões de que a votação seria a mais acirrada em décadas. Ele renovou seu mandato por mais cinco anos e impôs uma humilhante derrota à oposição trabalhista.

“Esta é a vitória mais doce de todas. A verdadeira razão para celebrar nesta noite, a verdadeira razão para se orgulhar, a verdadeira razão para se animar é que vamos ter a oportunidade de servir novamente

ao nosso país.”

David Cameron, premiê britânico, ao discursar após a confirmação da vitória.

Após a confirmação da vitória, Cameron disse que vai levar em frente o plano de realizar um referendo sobre a participação do Reino Unido na União Europeia (UE) e prometeu à Escócia a maior concessão de poderes, já que o partido que pede a independência do país foi o que mais cresceu nas eleições.

“Sim, nós vamos cumprir o referendo sobre nosso futuro na Europa”, disse Cameron em pronunciamento à imprensa após visitar a rainha Elizabeth para dar início ao processo de formação de um novo governo. Ele já disse ser favorável à permanência no bloco, mas somente se puder renegociar a relação britânica com a UE.

O primeiro-ministro disse que vai avançar o mais rapidamente possível no plano de conceder mais poderes à Escócia, que votou em peso no Partido Nacional Escocês, pró-independência.

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Passado o encantamento com a vitória inesperada que garantiu aos conservadores maioria absoluta no Parlamento britânico, o primeiro-ministro David Cameron se depara, mais uma vez, com a possibilidade de entrar para a História como o premier que deixou a Escócia sair do Reino Unido e permitiu que o país abandonasse a União Europeia.

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“Na Escócia, nossos planos são criar o mais forte governo descentralizado em qualquer parte do mundo, com poderes importantes sobre taxação, e nenhum acordo constitucional será completo se não oferecer também igualdade à Inglaterra”, disse Cameron.

Apesar de os institutos de pesquisas preverem um empate técnico, o Partido Conservador ficou 331 das 650 cadeiras do Parlamento. Em 2010, sem a maioria das cadeiras, o Partido Conservador fez uma coalizão com o Partido Social-Democrata. Liderado até então por Ed Miliband, o Partido Trabalhista obteve apenas 232 cadeiras. Os liberais-democratas, que tinham 57 cadeiras, ficaram com apenas 8. O Partido Nacional Escocês ficou 56 postos. O Partido Unionista Democrático ficou com 8 cadeiras e as 15 restantes ficaram divididas entre legendas menores.

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Após perder a eleição britânica, a brasileira Paula Dolphin, de 45 anos, disse que vai tentar novamente uma vaga no Parlamento.

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A libra, os títulos e as ações da Grã-Bretanha subiram devido ao resultado que reverteu as expectativas apontadas pelas pesquisas de um Parlamento indefinido, em que Cameron teria que disputar o poder com o rival Ed Miliband. As pesquisas indicavam uma diferença máxima de 2%.

Ao lado da esposa, Samantha, um sorridente Cameron retornou ontem ao seu gabinete de trabalho, em Downing Street. Ele declarou a vitória em frente à porta preta do número 10 da Downing Street após o encontro com a rainha Elizabeth.

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