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Foz do Iguaçu - Cinco campesinos sem-terra foram presos por volta das 8 h de ontem no Departamento de San Pedro, ao norte do Paraguai, após tentarem fechar uma rodovia no distrito de Capiibary. A Polícia Nacional compareceu com a tropa de choque no local e disparou balas de borracha para dispersar a manifestação, que reuniu cerca de 300 pessoas. Entre os presos está Florêncio Martinez, apontado como o líder da Organização da Luta pela Terra (OLT).

Em represália às prisões, líderes dos camponeses disseram que vão iniciar ocupações em propriedades de brasileiros.

Na quinta-feira, o mesmo grupo destruiu cerca de 200 metros de alambrado da propriedade do brasiguaio Tranqüilo Fávero, considerado o maior produtor de soja do Paraguai, e ameaçou colocar fogo no silo da fazenda. Os sem-terra montaram acampamento na localidade de Taji Karê, no distrito de Capiibary, a 500 metros da propriedade de Fávero.

Em entrevista concedida a rádios de Assunção, Martinez disse que a população paraguaia "é soberana e vai expulsar os colonos brasileiros". "Não queremos mais brasileiros nesta zona e não queremos dialogar com o governo, tomaremos nossas próprias decisões contra os invasores brasileiros."

Fávero criticou a atitude dos campesinos. "Para que querem incendiar um silo de 5 milhões de dólares?", questionou também durante entrevista a rádios de Assunção. O produtor brasiguaio disse que várias inspeções já foram feitas em suas terras e nenhum governo encontrou ilegalidades.

O promotor Alcides Corvalán informou que os presos responderão por incitação à realização de feitos puníveis, perturbação da paz pública e associação para o crime.

Os campesinos começaram a barbarizar na região norte do Paraguai nesta semana, depois que o governo enviou tropas policiais a San Pedro para garantir que os proprietários rurais dessem início ao plantio de soja.

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