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Funcionários organizam posto de saúde para vacinação contra Covid-19 em Montreal, Canadá, dezembro de 2020. A justiça canadense decidiu suspender o direito de um pai não vacinado de visitar o seu filho
Funcionários organizam posto de saúde para vacinação contra Covid-19 em Montreal, Canadá, dezembro de 2020. A justiça canadense decidiu suspender o direito de um pai não vacinado de visitar o seu filho| Foto: EFE/EPA/ANDRE PICHETTE

Um canadense que não se vacinou contra a Covid-19 perdeu temporariamente o direito de ver o seu filho de 12 anos, depois que um juiz decidiu que as visitas não seriam do "melhor interesse da criança".

O juiz decidiu, em 23 de dezembro, pela suspensão do direito do pai de visitar o filho até fevereiro, a não ser que ele se vacine. A decisão foi tomada após o morador de Quebec solicitar um dia a mais para visitar a criança nos feriados do fim de ano.

A mãe contestou o pedido e soube por redes sociais que o pai não estava vacinado contra o coronavírus, de acordo com o jornal canadense Le Devoir. A mulher então pediu a suspensão do seu direito de visitas.

O jornal local relatou que a criança já recebeu as duas doses da vacina, mas a mulher vive com um parceiro e seus dois filhos menores de cinco anos, que ainda não podem ser vacinados.

"Nessas circunstâncias, não é do melhor interesse de nenhuma dessas três crianças que o senhor tenha acesso ao [filho de 12 anos] neste momento", disse o juiz, segundo o Le Devoir, "se ele não está vacinado e se opõe às medidas de saúde no atual contexto epidemiológico".

Um especialista em direito familiar disse ao jornal local que a decisão é a primeira no país a privar o direito de acesso parental por motivos relacionados à vacina.

A província de Quebec registrou nesta semana o número mais alto de mortes causadas por Covid-19 desde o início da pandemia e anunciou que planeja cobrar um imposto especial de quem não quiser se vacinar.

De acordo com o premiê da província, François Legault, metade das hospitalizações em UTIs por Covid é de não vacinados, embora eles representem 10% da população.

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