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Daniel Scioli, candidato de Cristina Kirchner, com a esposa, Karina Rabolini | MARTIN ACOSTA/REUTERS
Daniel Scioli, candidato de Cristina Kirchner, com a esposa, Karina Rabolini| Foto: MARTIN ACOSTA/REUTERS

Não está muito claro por quê, mas tudo parece indicar que a presidente Dilma Rousseff será a única chefe de Estado do Cone Sul que não terá um encontro com o candidato kirchnerista para a sucessão de Cristina Kirchner — o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli — antes da eleição de 25 de outubro.

Durante a campanha, o candidato da Casa Rosada reuniu-se com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago; com o paraguaio Horacio Cartes, em Assunção; em setembro recebeu a visita do boliviano Evo Morales, e em outubro espera o equatoriano Rafael Correa.

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Os únicos sócios regionais da Argentina que teriam ficado fora da lista de Scioli são Dilma e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Perguntado sobre um eventual tête à tête com a presidente brasileira nas semanas prévias à eleição argentina, o governador admitiu que, por enquanto, nada foi organizado:

“Temos de ver como podemos armar. Vamos conversar...”, desconversou.

Assessores de Scioli admitiram que, até o momento, Dilma não está na agenda de Scioli. Os motivos, segundo os mesmos assessores, são “falta de tempo” e “problemas de agenda”. A crise interna em que está mergulhada a presidente não é colocada como razão para tentar evitar um encontro entre ambos.

“Se fosse por isso, Scioli não teria recebido Lula”, respondeu uma fonte.

Encontro com Maduro é descartado

De fato, o ex-presidente brasileiro participou de vários eventos com Scioli no início do mês. Lula presenciou a inauguração de uma UPA na Grande Buenos Aires, dividindo o palanque com o candidato e Cristina. O kirchnerista também esteve presente na cerimônia em que Lula recebeu um título de doutor honoris causa.

Desde o começo da campanha, Scioli destacou a importância do relacionamento com o Brasil e se mostrou interessado em melhorar a relação entre os dois principais sócios do Mercosul. Nos últimos anos, o vínculo bilateral ficou estremecido, entre outros motivos pelos constantes conflitos comerciais. Caso seja eleito, Scioli pretende vir ao Brasil, talvez em sua primeira viagem internacional como chefe de Estado.

“Hoje estamos brigando por cada voto, somos favoritos, mas a disputa é acirrada”, admitiu um colaborador.

No complicado cenário eleitoral, uma foto com a presidente brasileira, em Brasília, é considerada menos importante do que participar de atos de campanha internos. Já um eventual encontro com Maduro é totalmente descartado:

“Com a Venezuela vamos manter relações cordiais, como é o estilo de Scioli, mas temos sérias divergências com Maduro”, comentou uma fonte.

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