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Obama e McCain discutiram em um formato diferente: caminharam por uma platéia respondendo questionamentos do eleitorado e de internautas | Rick Wilking / Reuters
Obama e McCain discutiram em um formato diferente: caminharam por uma platéia respondendo questionamentos do eleitorado e de internautas| Foto: Rick Wilking / Reuters

Uma discussão tranqüila prevaleceu sobre a briga que era prevista pela maioria dos analistas políticos norte-americanos para a noite desta terça-feira (7), quando os candidatos à Presidência do país voltaram a se encontrar em um debate. Barack Obama e John McCain evitaram repetir os ataques violentos que tomaram conta das campanhas nos últimos dias, e preferiram expor suas idéias de forma calma, com ataques suaves e esporádicos.

Em um formato diferente do último encontro, os dois candidatos caminharam por uma pequena platéia respondendo questões de pessoas que assistiam ao encontro e de outras que haviam chegado pela internet. Eles pareciam confortáveis com a idéia de uma conversa, em vez de um grande discurso, e nenhum dos dois escorregou ou se perdeu em sua resposta de forma a parecer sair derrotado do encontro.

A presença de perguntas do eleitorado pediu algumas posições mais objetivas dos dois candidatos, tanto em relação à economia, que voltou a ser o tema de abertura do debate, quanto sobre a saúde pública e as relações internacionais. As questões foram em busca dos efeitos da crise para a população, do que a população sentiria de diferente entre os dois candidatos. E o foco do debate acabou sendo exatamente este público, a classe média que os dois candidatos tentam conquistar.

O candidato democrata usou boa parte de suas respostas para tentar mostrar que seu adversário está ligado ao atual governo, a quem responsabiliza pela atual crise financeira e por fracassos na política internacional. Segundo ele, é preciso "mudar o rumo" do governo norte-americano.

John McCain, por outro lado, repetiu algumas vezes que os eleitores deveriam comparar o histórico político dos dois, e os votos deles no Senado, na hora de decidir em quem votar. Ele se colocou como o candidato mais preparado para liderar o país, e defendeu a capacidade do país de se reerguer após a crise.

Economia

Como no encontro anterior, e no debate entre os vices, a economia foi o primeiro tem abordado na noite desta terça (7).

Obama foi o primeiro a falar e começou responsabilizando o governo Bush, e seu adversário, pelo atual caos. Ele disse ser preciso agir para salvar a economia, e sugeriu um pacote incluindo corte de impostos para a classe média. Segundo ele, pacote recentemente aprovado para o mercado financeiro pode equilibrar a economia para todos. "Este não é o fim do processo, é o começo do processo", disse.

John McCain falou em seguida, disse ter um plano para consertar a economia baseado na independência energética. "Precisamos de um pacote de reformas", disse. Segundo ele, é preciso renegociar os valores dos imóveis e das hipotecas para voltar a equilibrar a economia. Ele tentou, em seguida, ligar o Partido Democrata, de Obama a instituições financeiras envolvidas com a crise.

Os dois trocaram acusações e falaram mais de uma vez a respeito dos planos deles para os impostos, ambos defendendo o corte de impostos, mas dizendo que o opositor iria aumentar as taxas do governo.

Relações internacionais

As respostas dos dois candidatos sobre relações dos Estados Unidos com outros países acabaram sendo uma repetição do que havia sido visto no debate anterior. Os dois candidatos discutiram a situação no Iraque e no Afeganistão, falaram sobre o Paquistão e o Irã. McCain acusou Obama falar demais e de querer atacar o Paquistão, o que ele negou, dizendo que o republicano é que era mais intervencionista.

Os dois candidatos defenderam a ação de missões de paz norte-americanas em situações de genocídio em outros países, mesmo que a segurança dos Estados Unidos não estivesse ameaçada.

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