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McCain e a esposa Cindy: se ele ganhar, o mundo não vai virar um inferno. | Chip Somodevilla/AFP
McCain e a esposa Cindy: se ele ganhar, o mundo não vai virar um inferno.| Foto: Chip Somodevilla/AFP

"Paisagem" melhora para Obama, diz Gallup

São Paulo - A pesquisa diária do Gallup sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, publicada ontem, indica que o candidato democrata Barack Obama aumentou a liderança nas intenções de voto sobre o rival republicano John McCain, às vésperas do sufrágio, que ocorrerá em 4 de novembro.

Segundo o Gallup, Obama ampliou a margem nos três modelos de pesquisa – as duas com eleitores potenciais, modelos tradicional e expandido, e a feita com eleitores registrados. Na pesquisa com eleitores potenciais, modelo tradicional, Obama tem hoje 51% das intenções de voto, enquanto McCain tem 43%.

Na pesquisa publicada ontem, Obama tinha 50% das intenções de voto e McCain tinha 45%. A sondagem indica que a quantidade de indecisos, às vésperas do pleito, cresceu de 4% na pesquisa de ontem para 6% na sondagem de hoje.

"A paisagem política pode estar melhorando para Barack Obama nos últimos dias da campanha. A pesquisa Gallup, feita entre 28 e 30 de outubro, mostra o democrata com uma liderança de oito pontos porcentuais sobre John McCain, entre eleitores potenciais, na pesquisa tradicional – sua maior margem até agora, neste modelo de pesquisa do Gallup", avalia o instituto.

A pesquisa com eleitores potenciais, modelo tradicional, leva em conta o histórico de votação das pessoas em sufrágios anteriores. A pesquisa entrevistou 2.116 pessoas e a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Já na pesquisa com eleitores potenciais, modelo expandido (que não leva em conta o histórico de votação), Obama tem hoje 52% das intenções de voto, enquanto McCain tem 43%.

O democrata ganhou um ponto e o republicano perdeu um, em comparação à pesquisa de ontem. A pesquisa ouviu 2.459 pessoas e a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Agência Estado

  • Obama escolhe abóboras de Helloween durante campanha na Flórida

Washington - A quatro dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, o candidato republicano John McCain está intensificando sua mensagem de vítima no crucial Estado de Ohio, atrás nas pesquisas mas prometendo que "nós voltaremos" com força à corrida presidencial contra o rival democrata Barack Obama. O Estado de Ohio tem 20 votos no Colégio Eleitoral que elegerá o próximo presidente dos EUA – no dia 4 de novembro, os eleitores escolherão os delegados que irão ao Colégio Eleitoral em 15 de dezembro. As pesquisas indicam que Obama está na frente também em Ohio, e McCain quer reverter a vantagem do rival.

Obama abriu sua liderança nas pesquisas ao ligar, com insistência, McCain ao impopular presidente George W. Bush, um colega republicano que está sendo pesadamente culpado pela crise financeira americana. Os eleitores acreditam que Obama é o candidato mais qualificado para lidar com a difícil situação da economia americana.

Uma nova pesquisa feita entre a Associated Press e o Yahoo News mostrou Obama liderando sobre McCain entre os eleitores potenciais, com 51% das intenções de voto, enquanto o republicano está com 43%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Em entrevista na manhã desta sexta-feira à ABC News, McCain acusou que as políticas econômicas que Obama propõe estão muito à esquerda do que é o padrão americano.

"Nós vamos lutar contra elas", disse McCain. "A política econômica do senador Obama está muito à esquerda da política americana e a nossa está no centro", disse McCain. "Ele quer aumentar os impostos para as pessoas – isso está claro."

Obama afirma que, se eleito, apenas aumentará impostos para aqueles que ganham mais de US$ 250 mil por ano, e que reduzirá impostos para todos que ganham menos que isso – segundo ele, 95% das famílias americanas.

Maratona eleitoral

Ontem, McCain percorreu o Estado de Ohio com seu ônibus pelo segundo dia seguido, fez uma parada e um comício em Hanoverton e em seguida foi para Columbus, com o governador da Califórnia, o ex-ator de Hollywood Arnold Schwarzenegger. Os dois estavam previstos para aparecerem juntos em um evento na noite de ontem em Columbus. Os estrategistas de campanha de McCain dizem que é crucial ele vencer em Ohio.

Já Obama atraiu o ex vice-presidente dos EUA e hoje ambientalista Al Gore para sua campanha, em uma carreata na Flórida. Em 2000 uma recontagem de votos muito polêmica – que durou 36 dias – deu a vitória ao então candidato a presidente George W. Bush sobre Al Gore, que era o candidato democrata. Bush venceu na "recontagem" da Flórida por apenas 537 votos. Enquanto Obama partiu para o meio-oeste dos EUA, Gore e sua esposa Tipper fizeram comícios ontem em Fort Lauderdale e hoje são previstos em West Palm Beach.

Obama visitou suas filhas em uma rápida parada em Chicago e foi para Indiana, outro estado onde a disputa está muito apertada com McCain.

Ele parou rápido em Des Moines, Iowa, onde fez um breve discurso, atacando a campanha negativa de McCain, a quem acusou de posar de vítima: "Há duas eleições (em 2000) existiu um candidato presidencial que rejeitou esse tipo de política e condenou essas táticas. E então eu o admirei. Ele disse ‘eu não tomarei a estrada fácil para o maior cargo nesta Terra’. Essas palavras foram ditas há oito anos por meu rival, John McCain. Mas a estrada mais longa não levou ele para a Casa Branca há oito anos, então desta vez ele decidiu tomar o outro caminho", atacou Obama.

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