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O secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, pediu na quarta-feira que os países do Oriente Médio ajudem a estabilizar o Iraque, advertindo-os que uma situação caótica no território iraquiano prejudicaria a região antes de prejudicar os EUA.

Em um pronunciamento feito na Câmara Americana de Comércio no Cairo, Gates disse que os países do Oriente Médio deveriam colocar de lado suas desavenças sobre a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos e que tirou o ditador Saddam Hussein do poder.

"Independente dos desacordos que possamos ter sobre como chegamos a este ponto no Iraque, as consequências de um Estado falido no Iraque, de uma situação caótica ali, terão impacto sobre a segurança e a prosperidade de todas as nações do Oriente Médio e do golfo Pérsico", afirmou.

"Pode haver algumas pessoas que, devido a ressentimentos ou desavenças sobre o que aconteceu no passado, estejam torcendo pelo fracasso. Eu sugeriria respeitosamente que esses são sentimentos perigosamente míopes e autodestrutivos", acrescentou.

"Os efeitos primários e secundários de um colapso do Iraque -com todas as suas implicações nas áreas econômica, religiosa, geopolítica e de segurança- serão sentidos nas capitais e nas comunidades do Oriente Médio muito antes de serem sentidos em Washington e Nova York."

Autoridades norte-americanas reconheceram haver dúvidas entre os vizinhos do Iraque, a maior parte deles de maioria sunita, sobre o atual governo iraquiano, dominado por xiitas e encabeçado pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki, e sobre a capacidade dele de pacificar o país.

"Os vizinhos do Iraque precisarão desempenhar um papel construtivo se quisermos avançar," disse Gates.

O secretário, que em sua viagem já passou pela Jordânia e deve também fazer uma escala em Israel, ressaltou que os EUA continuariam engajados no Oriente Médio.

"Continuaremos trabalhando com o Egito e com outros amigos da região -não como patrões, mas como parceiros. Um parceiro que respeita as diferentes histórias, culturas e pontos de vista dos povos do Oriente Médio," afirmou.

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