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Alguns cardeais, a maioria deles de língua espanhola, que participaram da sexta congregação geral, realizada nesta terça-feira, defenderam a necessidade de eleger um papa que dê continuidade ao legado de Francisco e expressaram o desejo de que o processo de escolha seja breve.
Ao chegar à reunião, realizada por volta das 9 horas locais (4 horas em Brasília), o cardeal argentino Vicente Bokalic Iglic, que era próximo ao falecido pontífice, expressou seu desejo de uma decisão rápida e de uma linha de continuidade com o papado de seu compatriota. “Vamos nos esforçar para isso. Estamos nos conhecendo. Ainda não nos conhecemos”, disse o cardeal aos repórteres, referindo-se ao trabalho das congregações gerais, as reuniões dos cardeais que se preparam para o conclave que terá início em 7 de maio.
Na mesma linha, o patriarca caldeu de Bagdá, cardeal Louis Raphael Sako, disse que dentro das congregações há uma “atmosfera fraterna e sincera” com um “espírito de responsabilidade para escolher alguém para continuar o trabalho do papa Francisco”. Sako disse ter “uma ideia muito clara” sobre seu voto e, às perguntas dos jornalistas sobre a continuidade do legado do argentino, acrescentou: “Para mim, a direção é essa”, enquanto dizia estar confiante de que o conclave durará “dois ou três dias”.
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O cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chávez, que não participará do conclave por ter mais de 80 anos, relatou que nas reuniões “todos estão falando de continuidade”, “com um estilo e um nome diferentes”. “É uma herança tão especial que não podemos deixá-la escapar”, observou. O austríaco Christoph Schönborn, por sua vez, ofereceu uma mensagem de encorajamento à questão de qual direção a Igreja deveria tomar: “Estamos sempre avançando, não tenham medo”.
As congregações gerais, que continuarão nos próximos dias, permitem intervenções livres entre os cardeais eleitores. “Não há pontos fixos de discussão. Cada um fala sobre o que acha importante. É importante nos conhecermos”, explicou o cardeal colombiano Rubén Salazar Gómez, também na casa dos 80 anos, que expressou a expectativa de que o conclave seja curto. Fernando Chomalí, do Chile, enfatizou que os cardeais estão se preparando para a eleição “em oração, em comunhão, invocando o Espírito Santo”, e agradeceu à imprensa pelo trabalho: “Através de vocês, o mundo inteiro aprende o que significou o papa”.
