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| Foto: Reprodução TV Paranaense

Uma "quantidade surpreendente" de cabelo de Madeleine McCann foi encontrada no carro alugado pelos pais da menina britânica depois de seu desaparecimento, revelou nesta terça-feira o jornal britânico "Times", citando uma fonte próxima à investigação sobre o caso. Segundo o diário, a polícia portuguesa negou que o DNA de uma amostra de sangue seja 100% compatível com o de Maddie, mas - com base nos outros vestígios encontrados - detetives suspeitam que o carro tenha sido usado para transportar o corpo da menina. Para a polícia, a hipótese mais provável é de que a menina de 4 anos tenha sido morta acidentalmente pelos pais, Kate e Gerry, que foram formalmente declarados suspeitos na semana passada.

Detetives já esperavam encontrar material genético de Madeleine no carro, como células da pele ou cabelo, já que o veículo foi alugado pelos pais ainda na Praia da Luz - onde Maddie desapareceu no dia 3 de maio - e transportou pertences da família, inclusive brinquedos e roupas da menina. Mas, segundo o "Times", a quantidade de cabelo encontrada surpreendeu os investigadores. Ainda assim, eles não podem comprovar as suspeitas de que o corpo de Madeleine esteve no carro.

A Polícia Judiciária portuguesa entregou o inquérito, nesta terça-feira, ao promotor público do Algarve, José Cunha de Magalhães e Meneses, que irá decidir se as evidências são suficientemente fortes para apresentar denúncia contra Kate e Gerry McCann. No domingo, o casal voltou para casa, em Rothley, na Inglaterra, depois de quatro meses na Praia da Luz. Agora, eles devem aguardar a decisão do promotor, que além de apresentar denúncia, tem a opção de determinar que nenhuma medida seja adotada ou enviar os documentos de volta à polícia, exigindo mais provas.

A Polícia Judiciária diz que ainda aguarda resultados de análises de amostras coletadas por investigadores portugueses e britânicos, enviadas para um laboratório de Birmingham, na Inglaterra. Segundo uma fonte policial, os resultados poderiam levar ao pedido de prisão preventiva dos pais de Madeleine.

Sangue no carro

A rede de TV SIC Notícias e a britânica SKY News afirmaram na noite de segunda-feira que a polícia portuguesa tem evidências de que o sangue encontrado no porta-malas do carro era da menina. Segundo o "Times", no entanto, o chefe das investigações, Alipio Ribeiro, disse nesta terça as análises forenses não foram conclusivas. Além disso, o material não pode ser usado como prova de que a menina esteve no carro, já que o sangue de Maddie podia estar em roupas, cobertadores ou brinquedos transportados pelos pais.

A policia estaria preparando novas buscas na Praia da Luz, próximo ao resort Ocean Club, onde Madeleine desapareceu enquanto dormia num quarto do hotel, com dois irmãos mais novos. Num post publicado, na noite de segunda-feira, no blog que os pais da menina mantêm na internet, Gerry disse estar "100% seguro" de que sua mulher - sobre quem recaem as maiores suspeitas - não tem envolvimento com o desaparecimento de Madeleine. Desde que suspeitas foram lançadas contra eles, o casal vem negando participação no caso.

Depois de voltar à Inglaterra, os McCaann decidiram consultar o advogado que o livrou o ex-ditator chileno Augusto Pinochet da extradição. Kate e Gerry, que tinham expressado intenção de permanecer em Portugal e "limpar seus nomes". Eles ainda podem ser chamados de volta ao país para depor.

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